1 de julho de 2024

Campanha salarial de 2024 começou!

O Comando Nacional dos(as) Bancários(as) entregou suas demandas à Fenaban, enquanto representantes dos(as) trabalhadores(as) da Caixa fizeram o mesmo, no dia 18 de junho.


Negociações com a FENABAN:


As reivindicações incluem aumento salarial real, melhorias em benefícios como vale-alimentação e vale-refeição, e medidas contra assédio e adoecimento no trabalho. Destacam-se também, manutenção do emprego, preocupações com mudanças tecnológicas e o papel dos bancos na crise climática.


São nove os eixos da minuta de reivindicações, aprovados pela categoria:


•Aumento real de 5% (inflação + 5%), PLR maior e ampliação de direitos;

•Fim do assédio e dos instrumentos adoecedores na cobrança de metas;

•Representação de todos os(as) trabalhadores(as) do ramo financeiro;

•Defesa dos empregos, considerando os avanços tecnológicos no trabalho bancário;

•Redução da taxa de juros para induzir o crescimento econômico e geração de emprego e renda;

•Reforma tributária: tributar os super-ricos e ampliar a isenção do IR na PLR;

•Fortalecimento das entidades sindicais e da negociação coletiva;

•Ampliação da sindicalização;

•Fortalecimento do debate sobre a importância das eleições de 2024 para a classe trabalhadora na defesa de seus direitos e da democracia: eleger candidatos e candidatas que tenham compromisso com as pautas dos(as) trabalhadores(as).


Na Caixa, os eixos são:


•    O fim do teto de custeio pelo banco com despesas relacionadas à saúde dos(as) trabalhadores(as), inclusive com o Saúde Caixa (definido em 6,5% da folha de pagamentos);

•    Negociação de uma proposta para o equacionamento dos déficits da Funcef, de forma que não onere ainda mais, nem promova redução de direitos dos(as) participantes;

•    Soluções nos diversos pontos que prejudicam as condições de trabalho no banco e estão levando os(as) empregados(as) ao adoecimento;

•    Luta em defesa da Caixa 100% pública; e

•    Da unificação da luta em defesa dos direitos da categoria bancária.


Nosso calendário já começou


No dia 26/06 o comando cobrou garantia de emprego e da ultratividade do acordo, e hoje teremos negociação sobre Cláusulas Sociais.


Próximas negociações:


Julho

- 11/07 – Igualdade de oportunidades;

- 18 e 25/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas;


Agosto

6 e 13/08 – Cláusulas econômicas;

20/08 e 27/08 - Em definição.


Como foram as negociações no dia 26/06: 


O Comando Nacional dos Bancários se reuniu com a Fenaban para negociar a manutenção de empregos e a ultratividade, que é a manutenção dos direitos da Convenção Coletiva até um novo acordo ser assinado. 

Apresentaram dados que demonstram que nos últimos 12 meses, no Brasil foram criadas 1,7 milhão de vagas formais. Até abril de 2024, foram criados mais de 958 mil postos de trabalho. Enquanto isso, nos bancos houve uma perda de 6.567 vagas entre 2023 e abril de 2024.


Os dados mostram que, apesar do crescimento econômico, e dos lucros, os bancos reduziram significativamente as vagas de emprego, fechando agências e aumentando a terceirização, especialmente na área de TI. Segundo dados da RAIS (base de dados estatísticos, organizados pelo Ministério do Trabalho e Previdência), entre 2012 e 2022, a categoria bancária saiu de 513 mil pessoas para 433 mil, redução de 16%. No mesmo período, as demais categorias do ramo financeiro aumentaram em 72% os postos de trabalho, passando de 323 mil para 555 mil. 


A necessidade do trabalho bancário não reduziu, observe, aumentou e se deslocou para um trabalho precarizado. Os bancos contratam terceirizados e bancários PJ, com salário de 1.500 reais, e uma remuneração variável, caminhando assim para o trabalho intermitente e sem direitos. O lucro é priorizado, em prejuízo dos direitos trabalhistas e do atendimento responsável às necessidades reais do cliente. Enquanto a contratação formal de profissionais de TI foi de 22%, a contratação terceirizada de profissionais de TI aumentou em 89%. 


A redução de empregos bancários não é por falta de demanda, o que está acontecendo na verdade é sobrecarga e adoecimento dos trabalhadores que permanecem no setor, e a precarização do trabalho e atendimento para a população. Nos últimos cinco anos, os bancos fecharam mais de 3 mil agências, a maioria nas áreas com elevada necessidade social, ou seja, fora dos grandes centros, deixando as pequenas cidades desassistidas do serviço bancário. 


A proposta é de garantia de emprego. Diante das alegações contrárias da FENABAN, que argumentou que manutenção de emprego depende de crescimento econômico, o comando propõe também uma carta conjunta para o Banco Central pedindo a redução da taxa Selic, para maior crescimento econômico e geração de emprego.


Outras pautas da mesa:


- Os(as) trabalhadores(as) cobraram ainda o retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, para garantia de direitos dos desligados;


- Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica;


- Indenização adicional em caso de demissão.


E na Caixa


Depois da negativa de negociação sobre a jornada de pais/mães de PcDs, a Caixa trata de explicar uma reestruturação em andamento. A Caixa Econômica Federal está implementando uma reestruturação significativa em sua rede de agências. O plano, anunciado recentemente, visa transformar 117 agências físicas, (que a Caixa alega serem de baixo movimento) em unidades digitais e fechar outras 11 agências. Essa mudança afetará 1.009 empregados.


Quais são os argumentos da Caixa para a referida mudança:


- Afirma que a iniciativa visa ampliar a presença digital do banco, melhorar o atendimento e competir com fintechs oferecendo serviços mais acessíveis;


- Promete presença da Caixa em todas as cidades acima de 40 mil habitantes, e comunica que planeja abrir até 158 novas agências, priorizando regiões do Norte e Nordeste, onde sua presença é menor em relação aos concorrentes. 


E os empregados e empregadas?


- A Caixa garante que os que não forem para as agências digitais, serão realocados preferencialmente para agências físicas próximas às suas casas e dentro de suas cidades;


- Assegura que nenhum funcionário perderá função ou remuneração;


- Compromete-se com a readequação e capacitação de todos empregados(as) realocados, garantindo a manutenção de benefícios e suporte psicológico durante o processo de transição.


Essa reestruturação deve ser observada com muita cautela, é arbitrária em sua origem, pois surge sem debates. Qualquer reestruturação, se realmente necessária, deve ser efetuada de forma transparente e discutida amplamente com os empregados e empregadas e acompanhada desde o início pelos(as) representantes da categoria. 


Uma adequação que envolve a vida de tantas pessoas não deve ser implantada visando simplesmente lucro e competitividade no mercado, a Caixa precisa garantir além da redução de danos aos envolvidos, benefícios efetivos. A Caixa como banco público, responsável pela implementação de políticas sociais, deve ser sustentável e incentivar a bancarização. 


Tudo isso só é possível com respeito aos direitos de seus empregados e empregadas, que estão sempre na linha de frente, atendendo a população. Como destaca Simoni Medeiros, Diretora de Saúde e Relações de Trabalho da APCEF/RS: “É necessário acompanhar de perto essas transições, para garantir que não haja impactos negativos para os(as) empregados(as). Também é fundamental avaliar se é positivo para a população, afinal a Caixa é do povo. APCEF/RS, em defesa dos direitos dos empregados e empregadas e do Bem Comum”.

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