A APCEF/RS solicitou reunião com o superintendente da Caixa para questionar sobre os fechamentos e/ou transformações de agências na região
A diretora de Relações de Trabalho e Saúde da APCEF, Simoní Fernandes Medeiros, reuniu-se com o superintendente da Caixa, Renato Scalabrin, para tratar da situação das agências da Caixa em Porto Alegre e região, um assunto que tem causado dúvidas e preocupações entre os/as colegas.
A reunião, solicitada ainda em janeiro, aconteceu efetivamente na última sexta-feira, dia 7 de fevereiro, e contou com a presença de representantes do SindBancários. O encontro teve como pauta específica os possíveis fechamentos e/ou mudanças estruturais das agências e o impacto na vida dos/as empregados/as, clientes e da população.
O superintendente confirmou que algumas mudanças ocorrerão em relação às agências, mas afirmou que não há planos para novos fechamentos. Questionado sobre essas mudanças, ele mencionou o lançamento da primeira transformação de agência no estado, trazendo o modelo "Agência Singular" para Porto Alegre. O lançamento está previsto para março no endereço da Agência Carlos Gomes, uma das afetadas na reestruturação ocorrida em 2024.
A Agência Singular será voltada para clientes de alta renda, e há previsão de um aumento gradativo desse modelo em 2025 em todo o país.
As principais preocupações da APCEF são:
A extensão dos danos estruturais, financeiros e psicológicos que poderão impactar a vida dos/as empregados/as com as mudanças e o comprometimento da segurança. A Associação vem cobrando que, em caso de movimentação de pessoas, essa seja administrada de forma transparente, respeitando os direitos e necessidades de cada uma e cada um. "As notícias e decisões devem chegar de forma imediata e clara, com processos de movimentação justos, que permitam escolhas sem prejuízos para os empregados e empregadas da Caixa" — declara Simoní Medeiros.
Sobre o modelo Agência Singular: sendo uma agência direcionada a um público de maior renda, a Caixa busca competitividade no mercado e aumento do lucro. Nesse ponto, as principais preocupações da APCEF estão relacionadas à segurança dos/as trabalhadores/as e clientes, já que o projeto original não inclui portas de segurança, o que resultaria na retirada da porta giratória da Agência Carlos Gomes para sua transformação em Agência Singular.
A Caixa justifica a mudança como uma adaptação ao mercado, mas, para a APCEF, essa adaptação não se justifica quando implica redução da segurança no ambiente de trabalho e a retirada de proteção aos/às clientes.
"Retirar as portas de segurança é colocar a Caixa, os clientes, a população e o comércio do entorno em risco. Não há lógica em reduzir a segurança nos bancos, e, portanto, não aceitaremos passivamente a retirada das portas giratórias em qualquer novo modelo da Caixa. Além disso, exigimos que a Caixa cumpra seu papel de banco público e social, investindo em projetos que beneficiem a população e considerem suas vulnerabilidades.
Projetos que priorizam o capital em detrimento do social, comprometendo a segurança pública, vão na contramão dos valores da própria Caixa, que falam sobre respeito à integridade dos empregados, clientes e comunidade" — conclui Simoní Medeiros.
A APCEF, juntamente com sua assessoria jurídica, estão acompanhando a situação, para que ocorra a busca de soluções que evitem a retirada das portas de segurança nos novos modelos de agências da Caixa no Rio Grande do Sul.
