4 de setembro de 2024

𝗖𝗮𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗮 𝗦𝗮𝗹𝗮𝗿𝗶𝗮𝗹 - 𝗔𝘃𝗮𝗹𝗶𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗮 𝗣𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗖𝗮𝗶𝘅𝗮 𝟮𝟬𝟮𝟰/𝟮𝟬𝟮𝟱

A recente proposta apresentada pela Caixa abrange uma série de mudanças que merecem nossa atenção cuidadosa:


Cláusulas Econômicas: Reajuste Salarial: 4,64% no salário e demais verbas, com ganho real estimado de 0,7% em 2024 e 0,6% em 2025; 13ª Cesta Alimentação: Antecipação do pagamento para outubro; PLR: Pagamento antecipado em setembro.


Cláusulas Específicas: Adicional Embarcado: Aumento de R$ 55,00 para R$ 100,00 por dia; Vale Transporte: Reembolso em caso de ausência de transporte público; Férias: Adiantamento não será mais obrigatório; Parentalidade: Mãe poderá ceder 60 dias de licença maternidade ao pai; Licença Maternidade: Alternativa de 60 dias de licença por 120 dias com meia carga horária; Licença Paternidade: Pode iniciar até 120 dias após o nascimento; Pais de PCD: Flexibilização na jornada e priorização para trabalho remoto; Movimenta PCD: Prioridade na movimentação entre unidades; Substituição: Possibilidade de lançamento a partir de 5 dias de ausência; Substituição em Cascata: Ampliação dos casos de uso; Endividamento: Estudo de propostas para apoiar a redução do endividamento; Função por Minuto: Fim da função por minuto e criação de até 500 novas funções de caixa e tesoureiro de 6 horas; CCV e Quebra de Caixa: Possibilidade de acordo administrativo para indenização de ações judiciais; Horas Extras: Pagamento de 50% das horas realizadas no mês subsequente e compensação das horas restantes em até 6 meses; Incorporação de Função e CTVA: Acordo administrativo para garantir a incorporação de funções e do CTVA; FUNCEF: Compromisso de continuar estudos sobre equacionamento; GT Saúde Caixa: Manutenção do grupo para buscar soluções para custeio e pós-aposentadoria.


𝗔𝘃𝗮𝗹𝗶𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼:


Embora a proposta inclua alguns pontos positivos, como a licença paternidade e as melhorias para pais de PCD, há aspectos críticos que não podem ser ignorados. 


Primeiramente, o reajuste salarial de 4,64% é insuficiente para cobrir o impacto da inflação, especialmente considerando que os lucros dos bancos têm atingido recordes. Além disso, o fim da função por minuto é uma boa notícia, mas a criação de apenas 500 novas funções de caixa e tesoureiro é quase simbólica, especialmente em comparação com o número de trabalhadores afetados. A recente reestruturação da rede de agências com redução de pontos de atendimento à população, e consequente remanejamento destas funções, não garante a efetivação de quem recebia por minuto, bem pelo contrário.


A proposta de CCVs, que são acordos rebaixados para ações trabalhistas, pode induzir os trabalhadores a aceitar termos inferiores, e a questão do Saúde Caixa, que não foi adequadamente abordada, é particularmente preocupante. O teto de coparticipação da Caixa no plano de saúde continua a ser um problema grave não resolvido.


A maioria dos supostos benefícios está condicionada à retirada de ações judiciais em andamento, o que pode reduzir os valores devidos pelas decisões judiciais e até condições melhores de trabalho garantidas pela justiça, como é o caso de pais e mães de PCDs e dos tesoureiros, que terão redução de carga horária com redução de salário, a menos que abram mão de direitos. Portanto, é importante que estejamos cientes de que muitos dos benefícios propostos servem para reduzir o passivo trabalhista da Caixa, ao invés de refletir um verdadeiro avanço para nossa categoria.


Preocupa também a cláusula do adiantamento de férias, que passará a ser opcional. Trata-se de um direito conquistado há muitos anos - adiantamento com parcelamento em 10x sem juros. Além de não se constituir em avanço, pode significar um futuro retrocesso, visto que o auxílio calamidade sem juros só foi concedido porque havia a cláusula de férias parceladas sem juros.


Até o momento não temos a redação das cláusulas, por isso é importante aguardar a proposta completa para analisar os detalhes antes da votação nas assembleias.


Em resumo, apesar de alguns avanços, a proposta carece de melhorias substanciais e não resolve questões cruciais como a inflação e o plano de saúde.


Logo, nas assembleias de hoje, 04/09/2024, a Associação aguardará a orientação dos trabalhadores,  sobre o caminho que devemos seguir.


A decisão sobre a aceitação da proposta da Caixa é uma prerrogativa dos trabalhadores bancários. A orientação do movimento deve ser baseada exclusivamente na decisão de cada bancário e bancária, e não o contrário. Independentemente da escolha feita, ela deve ser referendada pelo seu sindicato, uma vez que o compromisso do movimento sindical é respeitar e apoiar a decisão da categoria, organizando a greve se essa for a conclusão da votação.


A APCEF/RS tem sempre se posicionado ao lado dos bancários e continuará a apoiar a decisão coletiva da categoria, seja pela aceitação ou rejeição da proposta. É fundamental ressaltar que a efetividade de uma greve não se baseia apenas na atuação dos dirigentes sindicais ou associativos, mas na união e participação ativa de todos. Caso a decisão seja pela greve, é necessário que todos os bancários estejam preparados para participar ativamente, desligando seus notebooks, fechando suas agências e saindo às ruas. Embora essa ação seja desafiadora, é importante lembrar que nossas conquistas, como a jornada de 6 horas e outros direitos, foram fruto de grandes lutas e resistência ao longo da história.


A APCEF reafirma seu compromisso de estar ao lado dos bancários e bancárias, acatando e apoiando suas decisões.  Se a decisão for aceitar o acordo, iremos oferecer orientação e apoio jurídico para melhor entendimento das  cláusulas e consequências do mesmo, quando esse for apresentado em sua integra.


Se a escolha for pela rejeição do acordo, estaremos unidos na construção de uma grande greve.

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