Comit� Contra a Megaminera��o no RS ser� lan�ado na ter�a-feira (18), em Porto Alegre 

2019-06-12 15:08:00

<p><img title="Comit&ecirc; de Combate &agrave; Megaminera&ccedil;&atilde;o no Rio Grande do Sul" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/277efe71ed37547a1c645ec537cfe57e.jpg" alt="Comit&ecirc; de Combate &agrave; Megaminera&ccedil;&atilde;o no Rio Grande do Sul" width="595" height="595" /></p>
<p>Diversas entidades da sociedade civil &ndash; entre associa&ccedil;&otilde;es de trabalhadores, sindicatos e organiza&ccedil;&otilde;es ambientais &ndash; lan&ccedil;am, na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (18), um comit&ecirc; para articular a mobiliza&ccedil;&atilde;o contr&aacute;ria aos grandes projetos mineradores no estado. O Comit&ecirc; Contra a Megaminera&ccedil;&atilde;o/RS (CCM) ser&aacute; apresentado &agrave;s 18h30 na sede do CPERS/Sindicato, em Porto Alegre (Av. Alberto Bins, 480, 9&ordm; andar).</p>
<p>Preocupadas com os impactos socioambientais da minera&ccedil;&atilde;o em grande escala, a Associa&ccedil;&atilde;o do Pessoal da Caixa Econ&ocirc;mica Federal do Rio Grande do Sul &ndash; APCEF/RS, a Associa&ccedil;&atilde;o Ga&uacute;cha de Prote&ccedil;&atilde;o ao Ambiente Natural - AGAPAN, Amigos do Meio Ambiente de Gua&iacute;ba (AMA) e o Movimento pela Soberania Popular na Minera&ccedil;&atilde;o - MAM,&nbsp; e mais de 20 entidades. se reuniram nas &uacute;ltimas semanas para organizar o comit&ecirc;. Uma das aten&ccedil;&otilde;es centrais do grupo &eacute; o projeto Mina Gua&iacute;ba, que est&aacute; em processo de licenciamento para se instalar em uma &aacute;rea de 5 mil hectares nos munic&iacute;pios de Charqueadas e Eldorado do Sul.</p>
<p>No seu manifesto de lan&ccedil;amento (leia abaixo), o comit&ecirc; reivindica a realiza&ccedil;&atilde;o de audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas em todos os munic&iacute;pios afetados por projetos de megaminera&ccedil;&atilde;o no Rio Grande do Sul, al&eacute;m da realiza&ccedil;&atilde;o de plebiscitos.</p>
<p>Al&eacute;m do projeto Mina Gua&iacute;ba &ndash; no qual a mineradora privada brasileira Copelmi pretende extrair centenas de milh&otilde;es de toneladas de carv&atilde;o com baixo poder calor&iacute;fico e alto teor de cinzas a apenas 1,5 km do rio Jacu&iacute; &ndash;, o comit&ecirc; cita tamb&eacute;m projetos de minera&ccedil;&atilde;o em cidades como S&atilde;o Jos&eacute; do Norte, Ca&ccedil;apava do Sul e Lavras do Sul.</p>
<p>Atualmente existem mais de 150 projetos de minera&ccedil;&atilde;o em solo ga&uacute;cho, que, se conseguirem se instalar, poderiam elevar o Rio Grande do Sul ao patamar de terceiro estado minerador do pa&iacute;s. &ldquo;Os impactos negativos na vida de ind&iacute;genas, quilombolas, pescadores, assentados, pequenos agricultores, e moradores do campo e da cidade, ou seja, de todos n&oacute;s, s&atilde;o altos demais. Mas ainda h&aacute; tempo de construirmos uma cultura de territ&oacute;rios livres de megaminera&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz o manifesto do grupo.</p>
<p>Na contram&atilde;o da tend&ecirc;ncia mundial de redu&ccedil;&atilde;o do uso de combust&iacute;veis f&oacute;sseis e da diminui&ccedil;&atilde;o na explora&ccedil;&atilde;o do carv&atilde;o, j&aacute; que o material &eacute; um dos maiores respons&aacute;veis por emiss&otilde;es de CO2 no planeta, o grupo diz que a cria&ccedil;&atilde;o de um polo carboqu&iacute;mico seria uma amea&ccedil;a &ldquo;&agrave; biodiversidade, &agrave;s comunidades tradicionais, &agrave; qualidade de vida, e em suma ao futuro do planeta&rdquo;.</p>
<p>&ldquo;Fazemos um chamamento para que todas as entidades, movimentos e pessoas comprometidas com a defesa da vida e contra os impactos dos projetos de megaminera&ccedil;&atilde;o subscrevam este manifesto. Esta luta n&atilde;o &eacute; apenas das entidades ambientalistas, mas de todos que se importam com a vida&rdquo;, diz o comit&ecirc;.</p>
<p><a href="https://www.facebook.com/events/193107994946834/">Acesse aqui o evento do Facebook para divulga&ccedil;&atilde;o do lan&ccedil;amento</a>.</p>
<p><em><strong>Manifesto do Comit&ecirc; de Combate &agrave; Megaminera&ccedil;&atilde;o no Rio Grande do Sul: Sim &agrave; vida, n&atilde;o &agrave; destrui&ccedil;&atilde;o! </strong></em></p>
<p><em>Preocupadas com os impactos socioambientais de megaprojetos de minera&ccedil;&atilde;o previstos para o Rio Grande do Sul, diversas entidades ambientais, sindicais, associativas e movimentos sociais se reuniram no &uacute;ltimo dia 29 de maio, na sede da APCEF/RS, em Porto Alegre, para a cria&ccedil;&atilde;o do Comit&ecirc; de Combate &agrave; Megaminera&ccedil;&atilde;o no Rio Grande do Sul (CCM/RS). Um dos projetos &eacute; o Mina Gua&iacute;ba, que est&aacute; em processo de licenciamento para se instalar em uma &aacute;rea de 5.000 hectares nos munic&iacute;pios de Charqueadas e Eldorado do Sul. </em></p>
<p><em>Nesse local, a mineradora privada brasileira Copelmi pretende extrair uma reserva estimada de 166 milh&otilde;es de toneladas de carv&atilde;o com baixo poder calor&iacute;fico e alto teor de cinzas. O empreendimento tem alto impacto socioambiental: a reserva est&aacute; na zona de influ&ecirc;ncia da APA e Parque do Delta Jacu&iacute;, Zona N&uacute;cleo da Reserva da Biosfera da Mata Atl&acirc;ntica, bem tombado pelo IPHAE como patrim&ocirc;nio cultural e paisag&iacute;stico do RS, e a apenas 1,5 km do Rio Jacu&iacute;, respons&aacute;vel por mais de 80% da &aacute;gua que chega ao Gua&iacute;ba, abastecendo Porto Alegre e parte da Regi&atilde;o Metropolitana. </em></p>
<p><em>O projeto prev&ecirc;, dentre outros impactos, o rebaixamento do len&ccedil;ol fre&aacute;tico, o desvio de arroios, ocasionar&aacute; piora na qualidade do ar e expulsar&aacute; diversas fam&iacute;lias de seus territ&oacute;rios, incluindo moradores do loteamento Gua&iacute;ba City e agricultores do Assentamento Apol&ocirc;nio de Carvalho, respons&aacute;vel por importante produ&ccedil;&atilde;o de arroz agroecol&oacute;gico e com certificado org&acirc;nico. Outros tr&ecirc;s grandes projetos, de igual import&acirc;ncia, atestam que o Rio Grande do Sul entrou definitivamente na mira das empresas mineradoras, com o apoio do Governo do Estado e de prefeituras, iludidos pelas promessas de gera&ccedil;&atilde;o de empregos e incremento nas suas receitas, como se a minera&ccedil;&atilde;o fosse a nova boia de salva&ccedil;&atilde;o da economia ga&uacute;cha. </em></p>
<p><em>O projeto em est&aacute;gio mais avan&ccedil;ado &eacute; o Retiro, para o qual a RGM (Rio Grande Minera&ccedil;&atilde;o) conseguiu licen&ccedil;a pr&eacute;via do Ibama para extrair tit&acirc;nio da faixa de areia localizada entre o Oceano Atl&acirc;ntico e a Lagoa dos Patos, no munic&iacute;pio de S&atilde;o Jos&eacute; do Norte, no litoral sul ga&uacute;cho. </em></p>
<p><em>Os demais projetos ainda buscam a licen&ccedil;a pr&eacute;via junto &agrave; Fepam, &oacute;rg&atilde;o de licenciamento estadual. &Agrave;s margens do Rio Camaqu&atilde;, em Ca&ccedil;apava do Sul, a empresa Nexa Resources (multinacional do Grupo Votorantim) tenta autoriza&ccedil;&atilde;o para extrair zinco, chumbo e cobre de uma mina a c&eacute;u aberto com vida &uacute;til de 20 anos. Em Lavras do Sul, o alvo da empresa &Aacute;guia, atrav&eacute;s do projeto Tr&ecirc;s Estradas, &eacute; o fosfato; esse empreendimento inclui uma barragem de rejeitos e &eacute; de grande interesse do agroneg&oacute;cio. </em></p>
<p><em>Em pleno s&eacute;culo XXI, quando se acentua o debate sobre a crise clim&aacute;tica e as amea&ccedil;as &agrave; biodiversidade, &agrave;s comunidades tradicionais, &agrave; qualidade de vida, e em suma ao futuro do planeta, transformar o Rio Grande do Sul em uma nova fronteira miner&aacute;ria e em um grande polo carboqu&iacute;mico nos posiciona na contram&atilde;o da hist&oacute;ria! Existe uma tend&ecirc;ncia mundial de diminui&ccedil;&atilde;o na explora&ccedil;&atilde;o do carv&atilde;o, porque a atividade coloca em risco tanto a sa&uacute;de da nossa gente quanto o meio ambiente, j&aacute; que o combust&iacute;vel &eacute; um dos maiores respons&aacute;veis por emiss&otilde;es de CO2, que provoca o efeito estufa. </em></p>
<p><em>Al&eacute;m desses quatro projetos, ainda existem mais de 150 projetos de minera&ccedil;&atilde;o em solo ga&uacute;cho, que, se conseguirem se instalar, poderiam elevar o RS ao patamar de terceiro estado minerador do pa&iacute;s. Os impactos negativos na vida de ind&iacute;genas, quilombolas, pescadores, assentados, pequenos agricultores, e moradores do campo e da cidade, ou seja, de todos n&oacute;s, s&atilde;o altos demais. Mas ainda h&aacute; tempo de construirmos uma cultura de territ&oacute;rios livres de megaminera&ccedil;&atilde;o. </em></p>
<p><em>&Eacute; preciso garantir a realiza&ccedil;&atilde;o de audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas em todas as cidades envolvidas e, caso o governo queira levar adiante esses projetos de destrui&ccedil;&atilde;o, a decis&atilde;o final deve ser do povo ga&uacute;cho, atrav&eacute;s de plebiscitos. Temos o direito de decidir, de maneira soberana, entre a vida ou a destrui&ccedil;&atilde;o! Fazemos um chamamento para que todas as entidades, movimentos e pessoas comprometidas com a defesa da vida e contra os impactos dos projetos de megaminera&ccedil;&atilde;o subscrevam este manifesto. Esta luta n&atilde;o &eacute; apenas das entidades ambientalistas, mas de todos que se importam com a vida.</em></p>
<p><em>Subscri&ccedil;&atilde;o aberta. Em breve atualiza&ccedil;&otilde;es. J&aacute; assinaram este Manifesto:<br /> &nbsp;<br /> - Associa&ccedil;&atilde;o do Pessoal da Caixa Econ&ocirc;mica Federal do RS - (APCEF/RS)<br /> - Associa&ccedil;&atilde;o Ga&uacute;cha de Prote&ccedil;&atilde;o ao Ambiente Natural (Agapan)<br /> - Associa&ccedil;&atilde;o Amigos do Meio Ambiente (AMA Gua&iacute;ba)<br /> - Movimento pela Soberania Popular na Minera&ccedil;&atilde;o (MAM)<br /> - Raiz Movimento Cidadanista Rio Grande do Sul<br /> - Se&ccedil;&atilde;o Sindical Andes - UFRGS<br /> - Sindibanc&aacute;rios Santa Cruz do Sul e Regi&atilde;o<br /> - Sindicato dos Banc&aacute;rios de Porto Alegre e Regi&atilde;o<br /> - Sindicato dos Banc&aacute;rios de Santa Maria e Regi&atilde;o<br /> - Uni&atilde;o pela Preserva&ccedil;&atilde;o do Rio Camaqu&atilde; (UPP-Rio Camaqu&atilde;)<br /> - N&uacute;cleo de Estudos em Gest&atilde;o Alternativa da UFRGS<br /> - Observat&oacute;rio dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil<br /> - Associa&ccedil;&atilde;o para Grandeza e Uni&atilde;o de Palmas (AGrUPa)<br /> - Sindicato dos Banc&aacute;rios de Pelotas e Regi&atilde;o<br /> - Central &Uacute;nica dos Trabalhadores (CUT/RS)<br /> - Federa&ccedil;&atilde;o dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Institui&ccedil;&otilde;es Financeiras do RS (Fetrafi/RS)<br /> -&nbsp; Alian&ccedil;a Ecossocialista Latina Americana - AELA<br /> - Movimento de Luta Socialista (MLS)<br /> - Preserva Bel&eacute;m Novo<br /> - Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas RS)<br /> - Greenpeace Porto Alegre <br /> - Amigos da Terra Brasil</em></p>

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