2019-08-28 14:59:00
<p><img title="Mayke Toscano/Secom-MT" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/dafa913e005eef5c2e9b77682e10d574.jpg" alt="Mayke Toscano/Secom-MT" width="660" height="439" /></p>
<p>Na semana passada, o dia escureceu repentinamente na maior cidade do Hemisfério Sul. Um corredor de fumaça transportou o produto das queimadas na Floresta Amazônica até São Paulo, e, na cidade, a fuligem se juntou à umidade de uma frente fria que vinha do sul. A cor do céu – parecia anoitecer às 15h – rendeu imagens que estiveram nas capas dos mais importantes jornais do planeta.</p>
<p>Milhares de quilômetros ao norte, boa parte da Amazônia ardia. Neste mês, até o dia 24, foram registrados 78.383 mil focos de incêndio no país, 84% a mais que no mesmo período de 2018. Na mais importante floresta equatorial do mundo estiveram 52% dos focos totais, o maior percentual já registrado para o bioma desde o início das medições do Inpe, em 2003.</p>
<p>No sábado, milhares de pessoas se reuniram nas maiores capitais do Brasil para protestar contra a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro e para pedir mais esforços na defesa da floresta. Ao mesmo tempo, grupos se reuniram em frente às embaixadas brasileiras em diversos países. Em Porto Alegre, <a href="https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/geral/2019/08/milhares-participam-de-ato-em-porto-alegre-em-defesa-da-amazonia-e-contra-politica-ambiental-de-bolsonaro/" target="_blank">milhares de manifestantes se reuniram no Parque da Redenção</a>. No Rio Grande do Sul, Caxias do Sul e Santa Maria também tiveram atos.</p>
<p>Enquanto Bolsonaro e seus ministros reagiam com <a href="https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/politica/2019/08/macron-espero-que-brasileiros-tenham-logo-um-presidente-a-altura-do-cargo/" target="_blank">inverdades e insultos a chefes de Estado como Emmanuel Macron</a>, da França – e mesmo à sua esposa Brigitte Macron, em um <a href="https://revistaforum.com.br/politica/bolsonaro/bolsonaro-apaga-comentario-machista-sobre-brigitte-macron-depois-de-negar-ofensas/" target="_blank">comentário misógino que indignou a opinião pública nos dois países</a> –, grupos de diversas esferas começaram um movimento de resistência em defesa da Amazônia. A reação do governo às queimadas, em âmbito internacional, chegou a ser caracterizada como “o maior desastre da história diplomática brasileira das últimas décadas”, e alguns países e empresas já ensaiam sanções econômicas a produtos de exportação do Brasil (LINK).</p>
<p>Um grupo de pesquisadoras e pesquisadores de mais de 50 universidades da América Latina e da Europa assinou um documento que está sendo divulgado também em espanhol, francês, inglês e italiano. A iniciativa é do Grupo de Trabalho Ecologia Política do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO).</p>
<p>O texto diz que o desmatamento é “intensificado” pela “política criminosa” do governo Bolsonaro. "No governo Bolsonaro, seus ministros sistematicamente perseguem aos funcionários e agentes de fiscalização ao mesmo tempo em que cortam os recursos para as operações de comando e controle da lei, por exemplo, cortando os recursos e autonomia do Ibama bem como o apoio da polícia federal para operações ambientais”, diz a declaração, assinada por centenas de cientistas.</p>
<p>“Certamente o plano sistemático de destruição da Amazônia não começou com Bolsonaro e nem se restringe ao seu governo, mas desde a sua chegada ao poder, verifica-se um giro perverso de aceleração, intensificação e impunidade”, pontuam pesquisadores/as.</p>
<p><a href="https://www.cartacapital.com.br/opiniao/pesquisadores-da-america-latina-e-da-europa-se-unem-contra-bolsonaro/" target="_blank">Conheça aqui a versão completa da Declaração</a>.</p>
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