�Este momento pede de n�s uma radicalidade in�dita�, diz Thiago �vila no L�derA 

2019-11-30 17:34:00

<p><img title="L&iacute;derA" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/9f38ad525dc6cf683ebda9e838d5fa39.jpg" alt="L&iacute;derA" width="660" height="440" /></p>
<p>&Eacute; preciso estudar, conhecer a teoria, mas &eacute; necess&aacute;rio sobretudo colocar o conhecimento em pr&aacute;tica.&nbsp; Isso &eacute; o que diz o socioambientalista Thiago &Aacute;vila, respons&aacute;vel por conduzir a conversa da manh&atilde; deste s&aacute;bado no terceiro encontro do L&iacute;derA, o semin&aacute;rio de forma&ccedil;&atilde;o da APCEF/RS, no Espa&ccedil;o Bem Viver de Tramanda&iacute;. Em um contexto em que a agenda econ&ocirc;mica e as liberdades sociais n&atilde;o atendem o que demanda a maior parte da popula&ccedil;&atilde;o, afirma, surge a necessidade urgente de mudan&ccedil;a.</p>
<p>Esse c&acirc;mbio, de acordo com Thiago, passa por um esfor&ccedil;o coletivo. &ldquo;O tema aqui &eacute; a defesa do Bem Comum. Se eu passar a manh&atilde; falando de assuntos que n&atilde;o t&ecirc;m fun&ccedil;&atilde;o pr&aacute;tica, que n&atilde;o contribuam para a ideia de mudan&ccedil;a, pe&ccedil;o que voc&ecirc;s aqui se amotinem, rebelem-se&rdquo;, disse, ao abrir o semin&aacute;rio. A fala, intitulada &ldquo;Defender os Bens Comuns e transformar o mundo: di&aacute;logos para a a&ccedil;&atilde;o&rdquo;, foi pensada, portanto, para estimular a cren&ccedil;a na possibilidade de intervir no mundo em que se vive.</p>
<p><img title="L&iacute;derA" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/4a8190136225c1323641e4ab65c9cf6d.jpg" alt="L&iacute;derA" width="660" height="440" /></p>
<p><a href="https://www.instagram.com/thiagoavilabrasil/?hl=pt-br" target="_blank"><strong>Acesse aqui o Instagram de Thiago &Aacute;vila.</strong></a></p>
<p>A um p&uacute;blico de dezenas de colegas que lotou o espa&ccedil;o da Associa&ccedil;&atilde;o &ndash; entre Representantes da APCEF nas Unidades, integrantes da Diretoria e do Conselho, al&eacute;m de convidadas/os de entidades sindicais &ndash;, o ativista falou sobre o conceito de Bem Viver. Se contemporaneamente vivemos sob opress&otilde;es &ndash; sejam elas de g&ecirc;nero, racial, de afeto e sexualidade ou nacionalidade, por exemplo &ndash;, explora&ccedil;&atilde;o e desastre ambiental, uma sociedade do Bem Viver significa libertar-se dessas estruturas. &ldquo;Tenho pressa para viver nesse mundo&rdquo;, estimula.</p>
<p>Essa mudan&ccedil;a passa pela ado&ccedil;&atilde;o da felicidade como um valor e da desvincula&ccedil;&atilde;o do conceito de abund&acirc;ncia do consumo excessivo. Dessa forma, &ldquo;&eacute; necess&aacute;rio expandir o horizonte de a&ccedil;&atilde;o&rdquo;, com novas formas de lutar coletivamente, de alavancar a resist&ecirc;ncia. Isso se d&aacute;, diz Thiago, tamb&eacute;m atrav&eacute;s da converg&ecirc;ncia de grupos que aparentemente teriam pautas distintas &ndash; como a luta trabalhista, o feminismo, a resist&ecirc;ncia de povos origin&aacute;rios, por exemplo &ndash;, mas que essencialmente dialogam porque fazem parte da mesma sociedade.</p>
<p><img title="L&iacute;derA" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/fa3468b14ea8eb79c8d1a522d4493aa4.jpg" alt="L&iacute;derA" width="660" height="440" /></p>
<p>Atuar, desde a micropol&iacute;tica, definida como um &ldquo;trabalho de formiguinha&rdquo;, em ambientes como o trabalho ou as rela&ccedil;&otilde;es interpessoais, aliada &agrave; macropol&iacute;tica, isto &eacute;, disputar os rumos da sociedade como um todo, para Thiago, &eacute; uma tarefa contempor&acirc;nea: &ldquo;este momento pede de n&oacute;s uma radicalidade in&eacute;dita&rdquo;. A ascens&atilde;o de Jair Bolsonaro &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, avalia, &eacute; um indicativo de que ir &agrave; raiz dos problemas, neste momento, pode ser a melhor estrat&eacute;gia &ndash; j&aacute; que oferecer propostas recuadas seria ceder &agrave; mesma conjuntura que levou ao crescimento da extrema direita.</p>
<p>Resistir a isso passa n&atilde;o s&oacute; pela nega&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica individualista, violenta e ultraconservadora, mas principalmente pela proposi&ccedil;&atilde;o de um novo modelo. Para isso, afirma, &eacute; preciso agir de forma regenerativa, em rela&ccedil;&atilde;o aos biomas da natureza, &agrave; qualidade de vida no campo e nas periferias das cidades, e tamb&eacute;m no mundo do trabalho.</p>
<p>Cr&iacute;tico a alguns aspectos presentes sindicalismo &ndash; como o corporativismo ou o autoritarismo das disputas &ndash;, Thiago prega que essas entidades devem ampliar seus escopos de a&ccedil;&atilde;o, aproximando-se das demandas da sociedade, para que as pessoas compreendam que t&ecirc;m objetivos semelhantes. Na Associa&ccedil;&atilde;o, ele avalia que a diversidade de atua&ccedil;&atilde;o vai justamente nesse sentido. &ldquo;O que vejo na APCEF/RS me estimula muito&rdquo;, disse.</p>
<p>Depois da fala inicial, o semin&aacute;rio teve a participa&ccedil;&atilde;o de colegas no debate. A atividade segue durante a tarde, discutindo temas de interesse da categoria e da Associa&ccedil;&atilde;o. Sempre realizado em s&aacute;bados em Tramanda&iacute;, o L&iacute;derA come&ccedil;a com debates mais amplos, trazendo intelectuais e ativistas importantes no cen&aacute;rio nacional e local, sempre com abertura para questionamentos e considera&ccedil;&otilde;es de associadas/os, e tem um importante papel de renova&ccedil;&atilde;o e forma&ccedil;&atilde;o de novas lideran&ccedil;as na APCEF.</p>

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