2020-03-27 16:23:00
<p><img title="Artigo da psicóloga Maria Isabel Perez Mattos" src="http://www.apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/78c51debcba5d5a16bbab347793966a2.jpg" alt="Artigo da psicóloga Maria Isabel Perez Mattos" width="660" height="660" /></p>
<p>A Diretoria da APCEF/RS, atenta à situação estressante a que bancárias e as bancárias da Caixa estão submetidos, buscou orientação da psicóloga Maria Isabel Perez Mattos, que esclarece no artigo abaixo como o local de trabalho está organizado para adoecer as pessoas, situação agravada neste momento de contingenciamento para controlar a pandemia do Coronavírus.</p>
<p>Além de buscar ajuda psicológica ou psiquiátrica, conforme a situação, a APCEF informa que as consultas terapêuticas estão à disposição pelo pelo WhatsApp (51) 98151-9947.</p>
<p><strong>O Coronavírus mostra uma nova face do assédio no trabalho bancário</strong></p>
<p>O setor bancário no Brasil vem sofrendo mudanças políticas e de gestão. Neste cenário de hipercompetitividade e globalização, exigências acima do possível, metas inatingíveis, instabilidade profissional, desestruturação e posturas abusivas por parte de chefias que frequentemente praticam dano moral estão aumentando e causando doenças ocupacionais psicológicas/psiquiátricas e orgânicas. Os bancos, ao invés de investirem no treinamento para chefias liderarem sem cometer dano moral e criar programas efetivos para saúde do trabalhador, focam exclusivamente no lucro, no marketing e na tecnologia (Elgenneni, 2009). A este quadro soma-se agora o Coronavírus que demanda a quarentena como forma eficaz de controle da doença. Apesar da indicação de isolamento social frente ao Coronavírus, bancárias e bancários estão sendo coagidos a trabalhar em situação de alto risco em ambientes fechados (sem ventilação ou luz solar) e em contato com o público. Assim, encontram-se ainda mais expostos sendo vítimas de uma nova espécie de assédio moral contra a categoria. As pessoas nesta situação tem apresentado sentimento de medo, desespero, angústia, insônia, crises de choro, depressão e raiva.</p>
<p>Hirigoyen (2006) psiquiatra e psicanalista francesa ao discorrer sobre violência e humilhações no trabalho define assédio moral como qualquer conduta abusiva (gesto, palavra ou ato) que atente, por sua repetição e sistematização, contra a dignidade psíquica ou física de uma pessoa ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho. Heloani (2004) destaca a consequente fragilização do empregado.</p>
<p>As vítimas mais atingidas pelo assédio moral são as mais honestas e dedicadas, portanto mais responsivas às exigências (Moura, 2006). As consequências mais comuns do assédio moral são adoecimento físico e mental do trabalhador, absenteísmo, afastamento, problemas familiares para o assediado e efeitos na sociedade como um todo (Cassito, 2003). </p>
<p>Se você se identificar com estas situações não hesite em procurar orientação/ajuda. Não se automedique. A APCEF/RS conta com atendimento psicológico especializado em saúde do trabalhador e da trabalhadora. Contate pelo telefone/whats 51-98151 9947 para orientações.</p>
<p><em>Psic. Ms. Maria Isabel Perez Mattos</em></p>
APCEF/RS
Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul
Av. Coronel Marcos, 851 Pedra Redonda Porto Alegre/RS CEP 91760-000
Telefone: (51) 3268-1611