2020-07-15 18:55:00
<p><img title="Manifesto - Caixa/RS" src="http://www.apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/04e5e155d384ad3eaa8f026ab2323cec.jpg" alt="Manifesto - Caixa/RS" /></p>
<p>Um grupo de colegas da Caixa no Rio Grande do Sul lançou, na terça-feira (14), um manifesto que solicita a manutenção do Projeto de Trabalho Remoto e questiona a orientação do retorno de 30% de empregadas e empregados ao trabalho presencial nas filiais do estado. A APCEF/RS apóia a iniciativa e colocou no site um formulário para subscrever a declaração, cujo texto você pode ler na íntegra abaixo.</p>
<p>“Entendemos que a volta ao trabalho presencial estará contribuindo para agravar o quadro de contaminação, e prejudicando, portanto, justamente aqueles colegas e demais trabalhadores que diariamente cumprem atividades essenciais de forma presencial”, diz o manifesto. A reivindicação pede que a volta escalonada ao trabalho presencial leve em consideração as recomendações das autoridades sanitárias, e que a realidade local de cada unidade seja avaliada.</p>
<p><a href="http://www.apcefrs.org.br/form/manifesto/form.html" target="_blank"><strong>Assine o manifesto aqui!</strong></a></p>
<p>As assinaturas serão posteriormente encaminhadas à direção do banco. O documento é resultado de reuniões iniciadas no ambiente de trabalho e de grupos de discussão locais surgidos espontaneamente.</p>
<p>O governo estadual e as prefeituras municipais têm aumentado, desde o começo de julho, as restrições de circulação no Rio Grande do Sul, como parte do enfrentamento da Covid-19, já que as UTIs de hospitais de diversas regiões estão se aproximando do limite de saturação.</p>
<p>Empregados/as das áreas-meio, desde o começo da pandemia do novo coronavírus, têm dado suporte às atividades técnicas e institucionais através do trabalho remoto, ou mesmo comparecendo às unidades administrativas. Esse serviço é importante para que colegas nas agências possam atender à campanha pelo pagamento do Auxílio Emergencial, Benefício Emergencial, além de FGTS e seguro-desemprego, por exemplo.</p>
<p><span style="white-space: nowrap;">Leia o manifesto completo aqui:</span></p>
<p><strong><em><span style="white-space: nowrap;">Manifesto dos Colegas – CAIXA / RS</span></em></strong></p>
<p><em>Como resultado de reuniões iniciadas no ambiente de trabalho e de grupos de discussão locais surgidos espontaneamente, acordou-se pela redação deste manifesto com o objetivo de solicitar a manutenção do Projeto de Trabalho Remoto e questionar a orientação do retorno de 30% dos empregados ao trabalho presencial nas filiais do RS.</em></p>
<p><em>É fato reconhecido pela sociedade brasileira que o corpo de funcionários da CAIXA dá ao país mostras diárias de competência, dedicação e orgulho pelo trabalho que realiza. Neste momento de enfrentamento à pandemia mundial da COVID-19, nossa atuação não poderia ser e não tem sido diferente: uma parte importante do serviço bancário é considerado serviço essencial, impossível de ser prestado sem contato direto com o público. Neste contexto, tanto os empregados das chamadas “unidades de ponta”, lotados na rede de agências da CAIXA, quanto os empregados das assim chamadas “áreas-meio”, todos temos redobrado esforços e marcado nossas atuações pelo cumprimento diligente de nossas atividades durante a pandemia. É assim que colegas das agências, com a participação solidária de funcionários de todas as áreas da CAIXA, vêm atendendo à campanha pelo pagamento do Auxílio Emergencial, Benefício Emergencial, além de FGTS, seguro-desemprego e tantos outros serviços essenciais para a população brasileira, neste momento ainda mais necessitada. É assim também que diversos outros funcionários das áreas-meio têm viabilizado o suporte às atividades técnicas e institucionais, exercendo suas funções e mantendo a prestação de serviços com eficiência, seja através do trabalho remoto ou ainda comparecendo às unidades administrativas, para atenderem situações pontuais, ou indo a campo, como em situações de assinaturas de contratos, realizando medições ou avaliações e diversas atividades que não poderiam ser interrompidas sem causar maior prejuízo a quem precisa desses serviços neste momento.</em></p>
<p><em>Baseados nas evidências e recomendações emanadas de autoridades de saúde do mundo todo (*1) e no reconhecimento de que cada município, estado e região do país vivencia distintos estágios com relação às curvas de contágio de COVID-19, não seria possível ou aconselhável tratar a questão do retorno ao trabalho sob a forma de “uma solução única para todos, ao mesmo tempo”.</em></p>
<p><em>Na data em que este manifesto é escrito, em 14/07/2020, o município de Porto Alegre e sua região metropolitana vivenciam seu momento de maior aceleração do número de novos casos registrados, assim como do número de mortes por COVID-19 (*2), com as UTI de diversos hospitais da região aproximando- se do limite de saturação. Em resposta que encontra aprovação tanto dos cidadãos como da comunidade científica, os governos locais, estadual e municipal, </em><em>aumentaram, a partir do último dia 29/06/2020, as restrições como em nenhum outro momento do enfrentamento da crise do Coronavirus até aqui: foram estabelecidas restrições de circulação no transporte público, cancelamento dos vale-transporte para pessoas não-pertencentes a categorias de trabalhadores da saúde e serviços essenciais, restrição das vagas de estacionamento público em vários bairros, restrições do comércio de rua e dos restaurantes, dentre outras tantas medidas (*3).</em></p>
<p><em>Jamais nos recusaremos a cumprir com nossas obrigações e enfrentar os desafios que surgirem dentro das condições de cidadãos e trabalhadores responsáveis que somos. Porém entendemos que a volta ao trabalho presencial estará contribuindo para agravar o quadro de contaminação, e prejudicando, portanto, justamente aqueles colegas e demais trabalhadores que diariamente cumprem atividades essenciais de forma presencial.</em></p>
<p><em>Nossa reivindicação, assim, é para que a decisão pela volta escalonada ao trabalho presencial observe primeiramente as recomendações das autoridades competentes da área de saúde, e que a realidade local de cada unidade da CAIXA seja levada em consideração (*4). Reivindicamos que a decisão sobre o assunto seja baseada na real necessidade de retomada do trabalho presencial, sem ferir as orientações dos órgãos e governos competentes.</em></p>
<p><em>*1 Vide: <a href="https://nacoesunidas.org/covid-19-restricoes-devem-ser-%20suspensas-de-forma-lenta-e-controlada-diz-oms/" target="_blank">OMS 13/04/2020</a>.</em><br /><em> *<a href="https://guaiba.com.br/2020/07/12/porto-alegre-chega-a-160-mortes-pela-covid-e-volta-a-%20bater-recorde-de-casos-graves-em-utis/" target="_blank">2 </a></em><br /><em> *<a href="https://leismunicipais.com.br/a/rs/p/porto-alegre/decreto/2020/2062/20625/decreto-n-%2020625-2020-decreta-o-estado-de-calamidade-publica-e-consolida-as-medidas-para-%20enfrentamento-da-emergencia-de-saude-publica-de-importancia-internacional-decorrente-%20do-novo-coronavirus-covid-19-no-municipio-de-porto-alegre" target="_blank">3 </a></em><br /><em> *4 <a href="http://srgi.org.br/nota-de-%20alerta/?fbclid=IwAR19giZEFpTCgd8IXlUIxlCcQip4l1t9_L2fKvS6MwNEfVhCfdSYPpNdOkw" target="_blank">Nota – Sociedade Rio Grandense de Infectologia</a> </em></p>
APCEF/RS
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