2020-09-02 20:15:00
<p><img title="CCT e ACTs 2020" src="http://www.apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/22e56e275621fedfd20e7669da508bec.jpg" alt="CCT e ACTs 2020" width="660" height="660" /></p>
<p>Por maioria, a categoria bancária aprovou Convenção Coletiva de Trabalho Nacional (CCT) na segunda-feira (31), com proposta final negociada pelo Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Também foram aprovados os acordos específicos da Caixa e demais bancos públicos.</p>
<p>Em linhas gerais, o acordo concede reajuste salarial abaixo da inflação com abono de R$ 2.000 em 2020, aumento acima da inflação em 2021, além da manutenção dos direitos da Convenção Coletiva e dos acordos específicos dos bancos públicos. Para 2021, paga a reposição do INPC acumulado no período (1º de setembro de 2020 a 31 de agosto de 2021) e aumento real de 0,5% para salários e demais verbas, como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR.</p>
<p>Qual é, portanto, o saldo do acordo de 2020? Para a APCEF/RS, as propostas estão distantes das necessidades da categoria e de empregadas e empregados da Caixa. “Volta a lógica dos anos 1990 de Fernando Henrique Cardoso, com ajuste zero e abono destinado a colegas da ativa – empobrecendo, portanto, tanto o pessoal da ativa, que fica sem a incorporação do valor ao salário, quanto colegas que já se aposentaram, que sequer recebem esse abono”, avalia o presidente da Associação, Marcello Carrión.</p>
<p>“A gente vem perdendo na conjuntura nacional e internacional. O governo de Jair Bolsonaro disse a que veio: para privatizar estatais e retirar direitos da classe trabalhadora”, disse, na live sobre a Campanha Salarial ocorrida na noite de terça – e à qual você ainda pode assistir, no Facebook e no YouTube da APCEF.</p>
<p>Para a entidade, o saldo negativo do acordo deste ano é também um reflexo da campanha salarial de 2018, da qual já se partiu de um contexto desfavorável. É o que deve acontecer também em 2022, que o patamar criado em 2020 está rebaixado: ainda que o abono neste ano cubra a inflação, o salário em si, sem essa incorporação, estará abaixo do índice de subida de preços. A Participação nos Lucros e Resultados, no caso da Caixa, pode da mesma forma penalizar colegas com menores salários, já que deixam de receber uma parte da PLR pelo teto imposto de três Remunerações Base.</p>
<p>Outra questão preocupante é o Saúde Caixa, novamente uma consequência das perdas de 2018. Foi determinado, no final de 2017, um teto de 6,5% para o aporte patronal no plano de saúde – o que não cobre a elevada inflação do setor de saúde –, além da Resolução 23 da CGPAR, que fechou o plano para novas adesões (problema resolvido no acordo de 2020), e determina que as pessoas que se aposentam daqui para frente perdem o direito ao plano de saúde.</p>
<p>Tratou-se de uma campanha salarial realizada em condições totalmente inéditas,de impossibilidade de reuniões presenciais. Para saber mais sobre esse processo, a APCEF indica a todas e todos que assistam à transmissão realizada na terça-feira. Além do presidente Marcello Carrión, participaram também a bancária Rita Lima, do SindiBancários do Espírito Santo, e o atual diretor de Formação da Fenae, Jair Ferreira, com mediação da jornalista Anne Ledur, com player abaixo.</p>
<p>A série, quinzenal, segue nas primeiras e nas terceiras terças-feira de cada mês, como parte de um projeto viabilizado pela diretoria de Formação para o Bem Comum da entidade. Nas primeiras terças, assuntos mais específicos da categoria e da entidade; nas terceiras os temas serão mais amplos.Convenção e Acordos Coletivos aprovadas em contexto inédito para a categoria bancária</p>
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