"S�o as elites mais ego�stas e acumuladoras do mundo", diz Leonardo Boff sobre desigualdade brasileira 

2020-09-16 18:13:00

<p><img title="Leonardo Boff - Arquivo pessoal/Reprodu&ccedil;&atilde;o" src="http://www.apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/c45f94397adb8e99d2da7eba5fb487e9.jpg" alt="Leonardo Boff - Arquivo pessoal/Reprodu&ccedil;&atilde;o" width="200" height="200" /></p>
<p>A APCEF/RS recebeu na ter&ccedil;a-feira o te&oacute;logo, escritor, fil&oacute;sofo e militante Leonardo Boff. Falando sobre a&nbsp; desigualdade social brasileira e os desafios ao Bem Comum, ele participou de uma live da s&eacute;rie Debates APCEF: Ideias que Transformam, nas redes sociais da Associa&ccedil;&atilde;o, em uma transmiss&atilde;o aberta.</p>
<p>&ldquo;A desigualdade brasileira vem de longe. Passa pela coloniza&ccedil;&atilde;o que nos fez dependentes, por 300 anos de escravid&atilde;o, que criou toda uma classe de gente marginalizada, urbana e no campo&rdquo;, come&ccedil;ou Boff.</p>
<p>Trata-se, para ele, de uma democracia de baixa densidade. &ldquo;&Eacute; ocupada pelas grandes elites econ&ocirc;micas, que fazem parte do Estado, as grandes fun&ccedil;&otilde;es e os departamentos, que n&atilde;o t&ecirc;m um projeto nacional. O povo, marginalizado, recebe os restos, aquilo que sobral. S&atilde;o as elites mais ego&iacute;stas e acumuladoras do mundo. Percentualmente, acumulam mais do que as elites americanas e inglesas&rdquo;, disse Boff.</p>
<p>A pandemia, afirma ele, mostrou-nos uma realidade espantosa: o que nos est&aacute; salvando, como humanidade, n&atilde;o &eacute; a acumula&ccedil;&atilde;o e a riqueza, n&atilde;o &eacute; o individualismo e a competi&ccedil;&atilde;o, mas a &ldquo;solidariedade, a coopera&ccedil;&atilde;o, colocar a vida no centro &ndash; e n&atilde;o o lucro&rdquo;. &ldquo;S&atilde;o os valores que constituem o que Bem Comum, que tem uma base infraestrutural, a garantia de que todo mundo tenha suficiente comida, educa&ccedil;&atilde;o, habita&ccedil;&atilde;o, transporte e sa&uacute;de. E h&aacute; tamb&eacute;m uma parte social: a conviv&ecirc;ncia pac&iacute;fica, a participa&ccedil;&atilde;o, o cultivo de valores, rela&ccedil;&otilde;es n&atilde;o conflitivas&rdquo;, interpreta Boff.</p>
<p>Foi a segunda transmiss&atilde;o ao vivo do projeto Ideias que Transformam, e tamb&eacute;m a aula inaugural de um curso de forma&ccedil;&atilde;o que a APCEF/RS oferece para associadas e associados, justamente sobre a desigualdade social brasileira e os desafios ao Bem Comum. Depois da fala de Boff, a audi&ecirc;ncia participou com perguntas e coment&aacute;rios.</p>
<p>&ldquo;A Associa&ccedil;&atilde;o tem um posicionamento muito claro de defesa da Caixa como banco p&uacute;blico, e que seja de fato cada vez mais o banco do povo brasileiro. Essa nossa defesa tem uma rela&ccedil;&atilde;o muito forte com a defesa do Bem Comum&rdquo;, explicou o diretor Marcos Todt, no in&iacute;cio da transmiss&atilde;o.</p>
<p>&ldquo;N&oacute;s temos, na APCEF, uma decis&atilde;o de n&atilde;o perder tempo. Queremos que todas as nossas a&ccedil;&otilde;es sirvam para a aproxima&ccedil;&atilde;o com o Bem Comum que almejamos &ndash; uma sociedade que, no lugar de privilegiar a busca por um suposto desenvolvimento atrav&eacute;s do crescimento econ&ocirc;mico, o lucro, a ambi&ccedil;&atilde;o e o individualismo perverso, que seja uma sociedade que busque a justi&ccedil;a social, a felicidade das pessoas, o equil&iacute;brio ecol&oacute;gico para defender a vida&rdquo;, pontuou Todt.</p>
<p>Assista aqui &agrave; transmiss&atilde;o:</p>
<p><iframe src="https://www.youtube.com/embed/FCclEpAV2-A" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe></p>

Compartilhe em todas as redes!

Share by: