2020-10-08 18:03:00
<p>O processo de abertura de capital das subsidiárias da Caixa, como a Caixa Seguridade e Caixa Cartões, foi autorizado pela Medida Provisória 995/2020, publicada em agosto deste ano, despertando apreensão na categoria bancária e na sociedade brasileira – entre os perigos estão uma privatização em etapas e a perda da capacidade do banco e do governo para destinar recursos a programas sociais. Para falar sobre isso, a APCEF/RS fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais no começo da noite de terça-feira (6).</p>
<p>A live, veiculada no Facebook e no YouTube da Associação, recebeu três convidados especiais: o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, o vice-presidente da APCEF/RS, Paulo Belotto, e a deputada federal Erica Kokay (PT-DF), que articula a oposição à MP 995 no Congresso Nacional.</p>
<p>A conclusão é que a intenção do governo é não apenas de ter a liberdade para esquartejar a Caixa, fazer com que o banco se transforme em várias empresas subsidiárias, e, com a atuação institucional dividida, poder privatizá-lo sem necessidade de sanção do Congresso.</p>
<p>“Para além de ser uma entrega do banco, é um discurso cínico o do presidente da Caixa, ao dizer que o governo não quer privatizá-la: está tentando privatizar em um momento extremamente inadequado”, caracterizou a deputada Erika.</p>
<p>O presidente da Fenae, Sério Takemoto, trouxe a informação de que a Caixa Seguridade é o quarto maior grupo segurador do país. “Em 2019 teve um lucro de 1,7 bilhão de reais. Isso representa, no lucro da Caixa do ano passado, tirando os fatos extraordinários, mais de 10%. O setor de cartões também foi anunciado pelo presidente Pedro Guimarães para privatizar, teve lucro de 2,6 bi em 2019. Somados, são quase 30% do lucro da Caixa”, avaliou.</p>
<p>É uma parte muito significativa da receita do governo e do banco para poder fazer as políticas sociais. “O governo recentemente autorizou os estados explorarem esse ramo. Isso vai significar não só uma perda de receita para a Caixa, mas também para o governo: 40% desses recursos são destinados a programas sociais”, lembrou Takemoto.</p>
<p>Para o vice-presidente da APCEF/RS, Paulo Belotto, a MP 995 é mais uma artimanha para entregar mais uma parcela do patrimônio nacional. “São os vendilhões que nos causam vergonha enquanto brasileiros. Entregar o patrimônio a um preço vil, ao capital estrangeiro, caracteriza falta de respeito, caráter e patriotismo. De parte da APCEF, seguiremos lutando, possibilitando que as pessoas tomem conhecimento do que acontece neste momento”, disse.</p>
<p>Você pode assistir à transmissão aqui, a qualquer momento, abaixo.</p>
<p>As lives da série Debates APCEF/RS – Ideias que Transformam, da qual fez parte a transmissão de ontem, ocorrem quinzenalmente, sempre nas terças-feiras: na primeira terça do mês, os temas serão relativos à categoria bancária; nas terceiras terças, por outro lado, são assuntos mais amplos, voltados à sociedade em geral.</p>
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APCEF/RS
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