Neste ano, o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, vai agregar uma nova bandeira de luta em Santa Cruz do Sul: a não privatização da água no município. A proposta é do Fórum em Defesa da Água Pública, movimento que há mais de um ano está mobilizado pela manutenção da concessão dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto sob a tutela do Estado.
Neste ano, o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, vai agregar uma nova bandeira de luta em Santa Cruz do Sul: a não privatização da água no município. A proposta é do Fórum em Defesa da Água Pública, movimento que há mais de um ano está mobilizado pela manutenção da concessão dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto sob a tutela do Estado. Além das questões históricas que permeiam o universo feminino (violência, discriminação, desigualdade...), o evento abordará a importância da água como um bem público.

Entre as painelistas convidadas, estarão presentes Cíntia Barenho, que é bióloga, integrante da Marcha Mundial das Mulheres e do Centro de Estudos Ambientais, Maria Luiza Castro Smielewsk, professora da rede pública estadual e integrante do Movimento Mulheres em Luta - CSP-Conlutas e uma representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). “Resolvemos unificar essas duas pautas porque elas são urgentes. Se não mantivermos a água sob controle público, a vida no planeta corre perigo. Além disso, as mulheres seguem sendo vítimas do sistema patriarcal e capitalista, que se beneficia com a desigualdade de gênero. Por isso, oportunizamos esse momento de discussão, reflexão e celebração”, explicou Célia Zingler, diretora presidenta da APCEF e coordenadora do Fórum em Defesa da Água Pública.

O encontro, intitulado de “Mulheres unidas contra a privatização da água”, servirá também para lançar um movimento nacional pela água pública. O grupo pretende levar ao plenário um manifesto em favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que tramita na Assembleia Legislativa Gaúcha, e outro endereçado à presidenta Dilma (PT), a fim de que ela reverta as concessões já cedidas à iniciativa privada e promulgue uma lei evitando novas ações nesse sentido. “Essa é uma medida urgente. Qualquer governo comprometido com os trabalhadores, com as mulheres, tomaria essa atitude. Água é vida, é saúde, não pode servir de mercadoria”, salientou Clair Pereira, integrante da coordenação do Movimento Mulheres em Luta.

A ação acontece na quinta-feira (08), às 19 horas, na Câmara de Vereadores. “A presença masculina é, igualmente, importante. A luta pela água pública independe de gênero e só conseguiremos tirar o Brasil da triste condição de um dos mais desiguais em termos de igualdade entre homens e mulheres do mundo se caminharmos juntos", convidou Verônica Queiroz, funcionária pública e também organizadora do evento.



Serviço:

O quê: Plenária aberta em Defesa da água pública
Quando: 8 de março, quinta-feira
Horário: 19h
Local: Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul