Campanha Salarial: Fenaban e Caixa desrespeitam a categoria 

2022-08-30 20:01:00

Aproxima-se o dia 1º de setembro, data-base da categoria bancária. Recentemente, sindicatos de todo o país realizam assembleias para deliberar acerca da proposta apresentada pelos bancos a partir da Campanha Nacional de 2022.

Na sexta-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste salarial que contemplou apenas 75,8% da inflação, produzindo uma perda real de 2% nos salários de trabalhadoras e trabalhadores. No mesmo dia, em plenária, do total de votantes, 98,47% rejeitaram a proposição patronal.

Além disso, 92,2% das pessoas votantes aprovaram a instalação do estado de assembleia permanente – desse modo, sindicatos podem convocar a categoria a uma nova deliberação sem a necessidade de cumprimento dos prazos legais de convocação.

Na segunda (29), aconteceu a 18ª rodada de negociação. A reunião começou às 14h, e, com pausas e retornos, terminou somente às 4h30 da madrugada desta terça.

“Mesmo assim, finalizou com indicativo de que precisaremos fazer greve, pois a proposta dos bancos veio com índice abaixo da inflação – reajuste de 6,69%, aumento do reajusta para vales alimentação e refeição, PLR igual, com reajustes de INPC para os dois anos. O comando bancário ainda está reunido, nesta terça. Estamos aguardando chamadas de assembleia para a quarta-feira (31). Se não vier proposta adequada, será votada a rejeição e aprovação de uma greve. Esse é o momento atual de espera e organização”, relata a bancária Cristiana Garbinatto, integrante da direção da Fetrafi-RS.

A recomendação da APCEF/RS, neste momento, é de organização da categoria. É importante que todas e todos acompanhem os próximos passos. Não podemos aceitar menos que uma proposta justa.

No caso específico da Caixa, não houve negociação nesta semana – o banco aguarda definição da mesa da Fenaban para apresentar proposta específica. Foram tratadas, no último encontro, as questões da PLR e da PLR Social. Em outras reuniões, as propostas são de “retrocesso”, como define a diretora de Relações de Trabalho da APCEF, Michele Venzo.

“O banco pretende mudar, para pior, algumas especificidades do trabalho: retomar o parcelamento de férias em somente três vezes, mudar a forma de pagamento do vale-refeição, que seria diário e não mensal – em afastamento por saúde, como exemplo, a pessoa não receberia. Também não houve avanços em temas como registro do teletrabalho, além da mudança do prazo do banco de horas para 180 dias, entre outros tópicos. Isso será discutido nas próximas reuniões. É importante que estejamos atentas e atentos”, alerta.

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