Cultural recomenda: começa amanhã o Democracine no Cinebancários
 

2012-06-13 16:34:11

O CineBancários recebe, entre os dias 14 e o 17 de junho (domingo), o 1º Democracine – 1º Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre. São diversos longas, médias e curtas metragens internacionais e nacionais que abordam a democracia participativa e o aprofundamento da cidadania.

Programação

No CineBancários, ficam em cartaz os filmes da Mostra Informativa e da mostra paralela Expressões da Revolução do Democracine, com filmes sobre a Primavera Árabe. Sessões às 15h, 17h e 19h, com ENTRADA FRANCA.

Com uma programação voltada a seis eixos temáticos – cidadania insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia, processos eleitorais, revoluções, democracia e trabalho, meio ambiente como campo de luta democrática e memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos – o Democracine busca transformar Porto Alegre em um centro de discussões sobre o papel da imagem no campo das lutas democráticas no mundo contemporâneo.

O Festival é promovido pela Prefeitura de Porto Alegre e pelo Observatório Internacional de Democracia Participativa, em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Além do Cinebancários, o festival também acontece nas comunidades e na Sala P.F. Gastal. >Confira

A cerimônia de abertura do Democracine acontece hoje, 13 de junho, na Sala P. F. Gastal, com a exibição do documentário Tahrir, do diretor italiano Stefano Savona, que estará acompanhando a exibição de seu filme. Considerada a primeira produção de longa metragem a retratar o movimento dos rebeldes no Cairo, cujo epicentro ocorreu na praça Tahrir, o filme de Stefano Savona participou da última edição do Festival de Locarno e terá sua primeira exibição no Brasil no Democracine.

Sinopse dos filmes

Cinema de Guerrilha, de Evaldo Mocarzel (Brasil, 2010, documentário, 72 minutos)
Um documentário sobre jovens de periferia que fazem cinema, realizam oficinas e promovem exibições alternativas de curtas-metragens para as comunidades.


Cinema de guerrilha tematiza jovens de periferia que fazem cinema

Culturas de Resistência (Cultures of Resistance), de Iara Lee (Estados Unidos, 2010, documentário, 73 minutos)
Uma investigação pelo mundo sobre a arte como instrumento possível em busca da paz: passando pelo Irã, onde o grafite e o rap tornaram-se ferramentas para lutar contra o regime; Mianmar, onde monges lutam contra a ditadura; o Brasil, onde músicos vão às favelas para ensinar crianças carentes; e os campos de refugiados de palestinos no Líbano, onde a fotografia, a música e o cinema deram uma chance a vozes esquecidas.

Entre Homens – Gays na Alemanha Oriental (Unter Männern – Schwul in der DDR), de Ringo Rösener e Markus Stein (Alemanha, 2012, documentário, 91 minutos)
Retrato sobre a vida dos homossexuais na Alemanha comunista. Seis diferentes homens falam sobre como conseguiram exercer sua sexualidade, em um contexto em que o homossexualismo era tolerado mas não permitido.

Escola Normal (Escuela Normal), de Celina Murga (Argentina, 2012, documentário, 88 minutos)
Ao acompanhar o processo de eleição do conselho estudantil de uma escola de elite no interior da Argentina, a diretora Celina Murga promove uma sutil exploração do contraste entre ideias políticas, ideologias institucionais e sua implementação na vida cotidiana.


Escola Normal é fime argentino sobre eleições com panorama escolar

Memória Cubana, de Alice de Andrade e Ivan Nápoles (Brasil/França/Cuba, documentário, 71 minutos)
Através dos arquivos do cinejornal cubano Noticieros ICAIC Latinoamericanos, o filme mostra os acontecimentos mais marcantes da segunda metade do século XX vistos pelas lentes dos documentaristas da ilha. Em 2009, os negativos originais dos Noticieros ICAIC Latinoamericanos foram declarados “memória do mundo” pela Unesco.

Osmarino Amâncio: Filho da Floresta, de Adelino Matias e Emiliano Leal (Brasil, 2011, documentário, 85 minutos)
A vida e atuação do líder seringueiro Osmarino Amâncio no movimento de defesa da Floresta Amazônica. Nascido e criado no Acre, desde cedo ele acompanhou a exploração na qual os seringueiros viviam, testemunhou o início da invasão de grandes latifundiários na Amazônia e suas consequências na floresta. Vivendo sob constantes ameaças, Osmarino é até hoje uma voz atuante em defesa de uma floresta autossustentável, preservada para as futuras gerações.

Pense Global, Aja Rural (Think Global, Act Rural – Solutions Locales pour un Désordre Global), de Coline Serreau (França, 2010, documentário, 113 minutos)
Durante três anos, a diretora Coline Serreau viajou pelo mundo para encontrar e entrevistar fazendeiros, filósofos e economistas que estão inventando e experimentando com sucesso soluções para lidar com o desgaste da terra. Entre eles, Pierre Rabhi, Claude e Lydia Bourguignon (na França), os trabalhadores sem-terra e a professora Ana Primavesi (no Brasil), e Vandana Shiva (na Índia).


Viagem de três anos pelo mundo resultou em trabalho sobre conscientização ambiental

Quem Vai à Guerra, de Marta Pessoa (Portugal, 2011, documentário, 129 minutos)
Passados 50 anos do início das guerras coloniais portuguesas, também conhecidas como Guerra da África, o conflito é ainda hoje um assunto delicado e apoiado em um discurso exclusivamente masculino – como se a guerra pertencesse e afetasse apenas seus ex-combatentes. Contado pelas mulheres que ficaram à espera, foram à África voluntariamente para acompanhar seus parceiros ou trabalharam nas frentes de batalha, o documentário apresenta um discurso feminino sobre o conflito que marcou uma geração.

Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra Quase Imaginária, de Hermes Leal (Brasil, 2011, documentário, 78 minutos)
A Guerrilha do Araguaia é vista por meio da história pessoal do diretor, que volta à cidade onde viveu até os 12 anos de idade. Naquela época, sua rua era tomada por militares. O filme refaz a guerra através do imaginário dos moradores, em busca de memórias e lembranças da época. Muitos ali não sabiam muito bem o que se passava, enquanto outros faziam parte do palco da guerra.


Documentário de Hermes Leal trata do olhar sobre a Guerrilha do Araguaia

Tahrir (Tahrir), de Stefano Savona (França/Itália/Egito, 2011, documentário, 90 minutos)
Os acontecimentos que eclodiram na Praça Tahir, no Cairo, registrados no calor da hora, no olho do furacão.

Babás, de Consuelo Lins (Brasil, 2010, documentário, 20 minutos)
Fotografias, filmes de família e anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre a presença das babás no cotidiano de inúmeras famílias brasileiras. Uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência, evocando em alguns aspectos nosso passado escravocrata.

Em Nome do Filho, de Eduardo Canto Machado e Tanira Lebedeff (Estados Unidos/Brasil, 2005, documentário, 23 minutos)
Documentário que mostra o movimento pacifista e de oposição às guerras no Iraque e no Afeganistão, liderado por organizações não-governamentais e por cidadãos comuns que foram tragicamente afetados pelos conflitos.

Programação CineBancários(Rua General Câmara, 424)

14 de junho (quinta-feira)
15:00 – Mostra Informativa (Pense Global, Aja Rural)
17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Next Music Station: Libano + Teenage Riot: Spain's Neo-Revolutionaries)
19:00 – Mostra Informativa (Quem Vai à Guerra)

15 de junho (sexta-feira)
15:00 – Mostra Informativa (Osmarino Amâncio: Filho da Floresta)
17:00 – Mostra Expressões da Revolução (The Trip + Ahmed Sherif Documentary + Tahrir)
19:00 – Mostra Informativa (Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra Quase Imaginária)

16 de junho (sábado)
15:00 – Mostra Informativa (Entre Homens – Gays na Alemanha Oriental)
17:00 – Mostra Informativa (Babás + Culturas de Resistência)
19:00 – Mostra Informativa (Memória Cubana)

17 de junho (domingo)
15:00 – Mostra Informativa (Escola Normal)
17:00 – Mostra Informativa (Em Nome do Filho + Cinema de Guerrilha)
19:00 – Mostra Informativa (Babás + Culturas de Resistência)

Matéria com informações do target="_blank">Cinebancários

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