Ser membro ativo da comissão que irá negociar com a Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) o futuro dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto em Santa Cruz do Sul. É isso que irá pleitear o Fórum em Defesa da Água Pública.
Ser membro ativo da comissão que irá negociar com a Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan) o futuro dos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto em Santa Cruz do Sul. É isso que irá pleitear o Fórum em Defesa da Água Pública. A decisão foi referendada na noite de ontem, 07/02, quando lideranças de mais de quinze entidades estiveram num encontro que ocorreu no Auditório do Sindibancários. Também prestigiam o evento a Vice-presidenta da CUT/RS e Presidenta do CPERS Rejane Silva de Oliveira e o secretário de comunicação da CUT/RS Alberto Freire Ledur.

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Célia zingler, Vice-Presidenta da APCEF (primeira à esquerda na mesa) durante plenária do Fórum em Defesa da Água Pública de Santa Cruz do Sul.



“Não podemos abrir mão disso, já que foi o nosso trabalho e a participação da comunidade que fez com que a água permanecesse pública. Estamos legitimados e onde a sociedade se engaja, ajuda a construir, os resultados são sempre melhores e assim será com a nossa cidade e o interior”, disse Afonso Schwengber, um dos coordenadores do movimento.

No evento, além da prestação de esclarecimentos, foram discutidas e deliberadas uma série de sugestões que o Fórum pretende agregar no contrato com a empresa pública. “Primeiro, é importante deixamos claro que queremos a revogação da atual licitação, que está muito aquém do que necessitamos. Depois, iremos apresentar ideias que irão beneficiar ainda mais a população”, listou Célia Zingler, Vice-Presidenta da APCEF, que igualmente vem liderando as ações da organização. Entre elas, está a implantação de um Conselho Municipal de Saneamento, que delibere sobre todas as políticas relacionadas ao assunto.

Entre os palestrantes, estiveram presentes Leandro Almeida, que preside o Sindiágua/RS e José Homero Finamor Pinto, superintendente da Corsan. O primeiro ressaltou que a luta travada em Santa Cruz do Sul precisará ser expandida. “Outros ataques estão na iminência de serem desferidos contra nosso patrimônio natural, que é a água. Sabemos que as parcerias público-privadas são, na realidade, a privatização disfarçada e teremos que nos mobilizar”, alertou Almeida.

Já Finamor, fez uma apresentação detalhada das disparidades presentes entre a o Plano de Saneamento, previsto para ser executado, caso a opção seja de levar ao fim o processo licitatório, e um possível contrato direto com o município. “O Plano é uma bomba relógio para Santa Cruz. Não consta nenhum grande investimento, não dá conta das demandas. Nós queremos fazer uma segunda estação de tratamento de água, que dobra a capacidade das duas vigentes, queremos tratar mais esgoto e só não fizemos nada disso ainda porque não temos contrato há mais de quatro anos”, lembrou o engenheiro. Ele ainda exaltou o trabalho do Fórum em Defesa da Água. “Aqui foi a única cidade onde o movimento social cumpriu um papel determinante, defendeu água pública e para todos. Nas outras, onde a discussão foi difícil, ficamos sozinhos”. A coordenação irá contatar a Prefeitura e agendar um encontro com Telmo Kirst.

Fonte: Patrícia Regina Schuster/Sindicato dos Comerciários de Santa Cruz do Sul