Os(as) bancários(as) de Porto Alegre e do restante do país entram em greve a partir do dia 19 de setembro, quinta-feira. A categoria votou pela greve devido proposta insuficiente apresentada pelos bancos, de apenas 6,1% de reajuste. Na pauta específica com a Caixa, a negociação também não obteve avanços.

Foto: André Ávila/SindBancários

Em âmbito nacional, segundo dados da Contraf-CUT, em assembleias realizadas até as 21 horas de ontem, dia 12, os bancários e bancárias das bases dos seguintes sindicatos haviam aprovado a greve por tempo indeterminado a partir do dia 19: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Pernambuco, Ceará, Bahia, Sergipe, Alagoas, Acre, Paraíba, Piauí, Campo Grande, Mato Grosso, Florianópolis, Espírito Santo, Pará, Maranhão, Rondônia, Niterói, Amapá, Campinas, ABC Paulista, Guarulhos, Londrina, Uberaba, Campina Grande, Vitória da Conquista, Novo Hamburgo, Bragança Paulista, Limeira, Alegrete, Mogi das Cruzes, Vale do Ribeira, Piracicaba, Sul Fluminense, Rondonópolis, Juiz de Fora, Campo Mourão, Cruz Alta, Teresópolis, Santa Maria, Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Bagé, Macaé, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Dourados, Aracanguá, Vale do Caí, Apucarana, Vale do Paranhana, Extremo Sul da Bahia, Naviraí, Cornélio Procópio, Paranavaí, Toledo, Umuarama, Guarapuava, Arapoti e São Miguel do Oeste.

No Rio Grande do Sul, segundo as informações repassadas à Fetrafi-RS, até às 10h desta sexta-feira,13, as assembleias realizadas ontem em todo o estado, aprovaram a greve nas bases de 34 sindicatos filiados à entidade. O movimento inicia no dia 19 de setembro, acompanhando o calendário de luta estabelecido pelo Comando Nacional dos Bancários.

No dia 18, quarta-feira, devem ser realizadas novas assembleias para organizar os bancários para o primeiro dia de paralisação das atividades.

As revindicações dos trabalhadores e trabalhadoras

Pauta geral

Entre as reivindicações gerais dos trabalhadores, está o reajuste salarial de 11,93%; PLR de três salários mais R$ 5.553,15; Piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); Auxílios alimentação, refeição, 13ª Cesta e Auxílio-creche/babá de R$ 678,00 ao mês (salário mínimo nacional), Além disso, a categoria reivindica melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, (especialmente ao PL 4330), além de Plano de Cargos e Salários, prevenção contra assaltos e sequestros e igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de afrodescendentes.

Pauta específica

Entre outros itens da pauta específica, podemos citar as melhores condições de trabalho como 6 horas já para todos(as), Mais contratações, Fim do assédio moral, Isonomia, ATS e licença prêmio para todos, Fim da discriminação do REG/Replan não saldado, Tíquete na aposentadoria, Valorização do piso, Saúde Caixa e Recuperação do poder de compra dos salários.

Matéria com informações da FENAE e Fetrafi-RS.