2014-10-30 07:00:00
<p class="western" style="text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><em>Pedro Brum Santos</em></p>
<p> Um livro sobre futebol, que se preze, precisa acreditar em conceitos e, como tal, dizer a que vem. Esse é o ponto a se destacar na versão que apresentamos. Para começo de conversa, o 4-3-3 do título não é uma escolha aleatória. 4-3-3 é a afirmação da crença em um esquema tático vencedor. Reverenciá-lo é um tributo ao tão buscado equilíbrio entre atacar e defender. Sem qualquer pretensão cabalística, o 4-3-3 encerra a verdadeira ciência de todo o jogo de futebol que está em defender-se como puder e atacar quando der. Do ponto de vista da mecânica, o 4-3-3 é um prodígio. São quatro jogadores na defesa (fora o goleiro, claro), três no meio-campo (com um ou dois volantes) e três no ataque (dois pontas e um centroavante). Resumo da ópera: uma defesa que defende, um meio campo que joga, um ataque que ataca!<br /><br /> Está certo que, historicamente, o esquema mostrou-se mais eficiente nas equipes em que os jogadores da frente, especialmente os que atuavam pelos flancos do campo, eram velozes, dinâmicos e capazes de ajudar na marcação. Claro, depois do Brasil de 70 e da Holanda de 74 parece que perdeu a graça jogar assim pela simples razão de que... não há jogadores bons o suficiente para o pleno funcionamento do esquema (tem também o Inter dos anos 70, mas esse fica entre parênteses para evitar gastura à nação gremista).<br /><br /> De qualquer sorte, com ou sem paixão clubística, com mais ou menos craques, em algum esquema há que se acreditar. Como já disse o eminente Carlos Alberto Parreira (que é nosso maior especialista em ganhar por 0 x 0), embora nem sempre façam a diferença, os esquemas táticos são importantes para dar a organização mínima necessária à prática do futebol profissional. <br /><br /> Achamos que foi esse o feeling que acometeu o Athos ao nos convocar para estes contos de futebol. Algum esquema era necessário adotar. Foi nessa hora que o velho 4-3-3 mostrou sua vantagem. Nenhum outro, como ele, possibilitava a distribuição equilibrada das 11 posições regulamentares. Também, somente com ele coadjuvantes da estirpe do antigo porteiro poderiam figurar na moldura sem qualquer desdouro. 4-3-3. O conceito, enfim, está posto. E é prudente ficar por aqui, antes que uma conversa longa desperte algum leitor herético – que sempre os há – disposto a colocar por terra qualquer esquema em defesa da versada máxima de que o importante, mesmo, é jogar. Afinal, como se sabe, há louco para tudo.</p>
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