Diretoria da APCEF visita assentamento urbano do movimento Utopia e Luta 

2015-05-21 00:26:00

O Movimento Utopia e Luta, representado por Eduardo Solari, esteve presente no Lançamento do Comitê em Defesa da Caixa 100% pública, promovido pela APCEF/RS em março deste ano. O Comitê atua em forte mobilização contra a abertura do capital da empresa, com o apoio de diversas entidades e também dos(as) bancários e bancárias.


Lançamento do Comitê em Defesa da Caixa 100% pública

Na última terça-feira, 19 de maio, foi a vez da diretoria da APCEF ser recebida no Assentamento Urbano "Utopia e Luta", localizado no Viaduto Otávio Rocha, no Centro de Porto Alegre. Recepcionados por Nanci Araújo, o Presidente Marcos Todt, o Diretor Marcello Carrión e a Diretora Stella Moraes realizaram uma visita guiada pelo espaço, conhecendo um pouco mais da história de lutas do movimento.


Nanci Araújo (C) com diretoria da APCEF/RS

Durante o Fórum Social Mundial 2005, quando os movimentos sociais discutiam a questão dos "vazios urbanos", o prédio público, que estava abandonado há 17 anos foi ocupado. Iniciou-se, então, a luta para a liberação do prédio de modo a transformá-lo em habitação para famílias sem teto, ou que residiam em locais periféricos do município.


Prédio possui 42 unidades, dando moradia a mais de cem pessoas

Em 2007, depois de muitas negociações, o governo federal aprovou a lei 11481/07, que permitiu a transferência de prédio público para que se fizesse nele habitações populares. Já em 2008, começaram as reformas para transformar o espaço dos sete andares em apartamentos do tipo quitinete de 25 a 30 metros quadrados, assentando 42 famílias. A verba para reforma e aquisição foi conseguida através do programa do Ministério das Cidades e em 22 de maio de 2009 o espaço foi inaugurado, com a proposta autogestionária.


Interior do prédio

No subsolo há uma lavanderia coletiva e um ateliê de costura. No térreo, há uma padaria, onde se busca dar preferência para matéria-prima orgânica. No térreo, há ainda um espaço para a apresentação de peças teatrais e para cursos que são oferecidos no prédio, local sempre aberto a movimentos sociais e demais grupos. No terraço há o espaço Chico Mendes onde se pratica a agricultura hidropônica.


Terraço com agricultura hidropônica

Nanci Araújo completa: "Todos os núcleos, como padaria, lavanderia, corte e costura e hidroponia são pensandos de forma coletiva. Temos também o espaço Quilombo das Artes, com grupos de teatro, oficinas de percussão, defesa pessoal, judô, capoeira."

A idéia do Coletivo sempre foi não apenas ocupar o “vazio” urbano, mas o transformar em um território autônomo, autogerido, como esclarece Eduardo Solari: "Não é apenas um movimento por moradia, é um projeto de vida." Solari também destacou a parceria com a APCEF: "A Associação tem todo o nosso apoio. É fundamental que os trabalhadores tomem consciência do coletivo."

O projeto agora estende-se as redes de comunidades autogestionárias também em outros locais, como Gravataí, São Gabriel e Santa Maria.

Acompanhe as agendas e saiba mais sobre o movimento na página da Coopsul - Cooperativa de Luta e Assentamento.

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