2017-12-08 19:00:00
<p>O Conselho de Administração da Caixa, em reunião ocorrida na quinta-feira (7), retirou do novo estatuto o item que transformava o banco em Sociedade Anônima – e, por consequência, abria portas para a privatização da maior instituição bancária pública do país. Trata-se de uma vitória do movimento de empregados/as, de movimentos sociais e da sociedade brasileira – já que a atuação da Caixa influencia diretamente no desenvolvimento econômico e social das regiões, na aplicação de políticas públicas em todo o território nacional, na habitação popular, ou no acesso ao crédito a taxas mais justas, entre outros aspectos.</p>
<p>A decisão tomada na quinta-feira é o terceiro êxito do movimento de trabalhadores/as do banco contra as intenções privatistas do governo de Michel Temer (PMDB), depois da retirada de um trecho do Estatuto das Estatais (Lei 13.303/2016), que obrigava empresas públicas a se transformarem em S/A; a segunda veio em outubro, quando a mobilização de bancários/as suspendeu a votação sobre abertura de capital no Conselho Administrativo.</p>
<p><strong>No Rio Grande do Sul, APCEF mobiliza sociedade</strong></p>
<p>A APCEF/RS vem desenvolvendo, em âmbito estadual, uma campanha pela manutenção do caráter público e popular da Caixa. E, a despeito da decisão do Conselho de retirar do novo estatuto a transformação em S/A, a Associação diz que continuará debatendo a questão com a sociedade sul-riograndense. Além de atividades já realizados em Porto Alegre e no interior – Erechim, Uruguaiana e Santo Ângelo –, a APCEF/RS realiza, na próxima quinta (14), na Câmara de Vereadores de Tramandaí, no Litoral Norte, um ato cujo mote é “em defesa do bem comum”, que pretende ampliar a discussão a respeito dos ataques do governo à Caixa, situando-os em um contexto de ofensiva aos serviços públicos e direitos trabalhistas no país; tratará também da defesa da educação pública, do Banrisul, do Sistema Único de Saúde e do direito à aposentadoria.<br />Os debates anteriores serviram para articular apoio de outras categorias – como docentes e trabalhadores/as do setor da água, por exemplo –, de parlamentares e da sociedade civil. Em Erechim foi aprovada uma moção em apoio à manutenção do caráter público da Caixa, e então enviada à Presidência da República, ao Ministério da Fazenda e ao Banco Central do Brasil. Em Uruguaiana, assim como em Porto Alegre, parlamentares já se comprometeram a levar textos semelhantes para apreciação dos Plenários. Além de vereadores, deputados estaduais estiveram presentes ou enviaram representações aos eventos, e a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre foi utilizada como um espaço para discutir o tema.</p>
<p>Ampliar o debate na sociedade também é uma estratégia: nas atividades do interior, rádios locais entrevistaram dirigentes da Associação a respeito da importância da manutenção da Caixa como um banco público. Na Capital e Região Metropolitana, a APCEF/RS mantém anúncios em veículos locais para alertar a população a respeito das consequências da abertura de capital.</p>
APCEF/RS
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