Hist�ria e atualidade s�o temas da Oficina Caixa do Povo e 100% P�blica 

2018-04-13 20:35:00

<p><img title="Uma parte do grupo da oficina em 2018" src="/upload/misc/image/dbc87d1254945fcaab2bdb91a8d4d96b.jpg" alt="Uma parte do grupo da oficina em 2018" width="660" height="371" /></p>
<p>&Agrave;s nove da manh&atilde; do dia 4 de novembro de 1861, uma segunda-feira de primavera no Rio de Janeiro do per&iacute;odo imperial, um depositante se dirige &agrave; rec&eacute;m criada Caixa Econ&ocirc;mica. Dom Pedro II assinara seu decreto de funda&ccedil;&atilde;o em 12 de janeiro do mesmo ano, mas o banco, que &eacute; hoje a maior institui&ccedil;&atilde;o financeira p&uacute;blica da Am&eacute;rica Latina, come&ccedil;aria oficialmente a operar somente dez meses depois.</p>
<p>Esta data remota, primeiro dia de funcionamento da Caixa Econ&ocirc;mica, &eacute; o tema do primeiro conto de cada participante da Oficina de Cria&ccedil;&atilde;o Liter&aacute;ria oferecida pela APCEF/RS em 2018 com o tema Caixa do Povo e 100% P&uacute;blica, tema relevante considerando o contexto pol&iacute;tico do Brasil contempor&acirc;neo. As privatiza&ccedil;&otilde;es do patrim&ocirc;nio p&uacute;blico &ndash; um tema que voltou com for&ccedil;a &agrave; agenda de debates no pa&iacute;s &ndash;, assim como a soberania nacional, estar&atilde;o entre as pautas abordadas nas aulas.</p>
<p>A coordena&ccedil;&atilde;o &eacute; do escritor e professor Alcy Cheuiche, que orienta t&eacute;cnicas de escrita liter&aacute;ria em cada aula e que fazem o desenvolvimento de cada participante. A primeira aula aconteceu no dia 03 de abril. Um agradecimento especial &agrave; diretoria da AGEA por ceder uma sala confort&aacute;vel da entidade e proporcionar todas as condi&ccedil;&otilde;es para o desenvolvimento da oficina.</p>
<p>O material de apoio da primeira aula sintetiza o contexto hist&oacute;rico aos/&agrave;s oficinandos/as: no Brasil daquele ano, calcula-se, viviam 10 milh&otilde;es de pessoas &ndash; 5% da popula&ccedil;&atilde;o atual &ndash;, e o Rio de Janeiro, capital do Imp&eacute;rio, abrigava 250 mil habitantes. A cria&ccedil;&atilde;o do banco pretendia estimular a poupan&ccedil;a, h&aacute;bito visto como minorit&aacute;rio entre o povo brasileiro daquele tempo, e conceder empr&eacute;stimos &agrave;s classes baixas, incluindo pessoas escravizadas que guardavam dinheiro para a alforria. "As somas depositadas pelos 50 primeiros clientes variavam entre 10 mil e 50 mil r&eacute;is. Para ter uma ideia do valor, uma boa refei&ccedil;&atilde;o n&atilde;o sa&iacute;a por menos de 2 mil r&eacute;is", explica Cheuiche, que lembra que das dez primeiras contas da Caixa, quatro foram abertas em nome de crian&ccedil;as.</p>
<p>A escrita criativa ser&aacute; estimulada atrav&eacute;s dos contos, um g&ecirc;nero ficcional de curtas narrativas em prosa. Para tal, a oficina proporcionar&aacute; momentos de pesquisa, com suporte de filmes, palestras com convidados(as) e visitas a lugares que estimulem a produ&ccedil;&atilde;o liter&aacute;ria. As aulas v&atilde;o at&eacute; o m&ecirc;s de novembro, com encontros semanais nas ter&ccedil;as-feiras, e o objetivo final &eacute; publicar mais uma vez uma colet&acirc;nea na Feira do Livro de Porto Alegre, tal como aconteceu em anos anteriores.</p>

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