2018-07-13 15:46:00
<p><img title="Foto: Célia Zingler" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/7ed2857047cc9dc7fbb97c9e631da4ba.jpg" alt="Foto: Célia Zingler" width="660" height="495" /></p>
<p>O avanço da chamada “PPP do Esgoto”, que entrega a uma parceria público-privada a coleta e o tratamento de esgoto em nove cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre, exige esclarecimento da comunidade. O projeto, lançado pelo governo Sartori (MDB) e pela direção da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em agosto do ano passado, prevê que -- por 37 anos, renováveis por igual período -- a arrecadação do saneamento seja repassada 100% para investidores, incluindo valores resultantes de toda a estrutura já pronta com dinheiro público. Estranhamente, o projeto é apresentado como solução para a área depois que a direção da Corsan abriu mão de um recurso não oneroso do Orçamento Geral da União (OGU), e apresenta como solução empréstimos com altíssima remuneração por tão longo período. Na quinta-feira (11), a Câmara de Vereadores de Canoas – que é a única cidade que ainda não aderiu à PPP, entre as nove previstas inicialmente – foi palco de uma audiência pública sobre o tema, chamada por cidadãos canoenses e pelo deputado estadual Nelsinho Metalúrgico (PT), que convidou a diretoria do Sindiágua e do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) para esclarecer e debater o tema.</p>
<p>A APCEF acompanha de perto esta grave situação que está se desenhando na Região Metropolitana, e, como uma das entidades que compõe o FAMA, já <a href="http://apcefrs.org.br/noticias/article/1366392065" target="_blank">havia se manifestado na Tribuna Popular do parlamento canoense</a> no dia 28 de junho. A diretora de Aposentados/as, Previdência e Saúde, Célia Zingler, apresentou, na ocasião, argumentos e esclarecimentos ao legislativo sobre os riscos de uma decisão que não terá os resultados esperados - e mostrou que a reestatização é uma tendência no mundo, já que negócios privados não respeitam o povo. Na ocasião foi distribuído um documento aos vereadores, assinado por dezenas de entidades.</p>
<p>Para Gilmar Delvan, conselheiro fiscal da APCEF e morador de Canoas, a parceria entre o Estado e a iniciativa privada é “um primeiro passo para a privatização do fornecimento da água”. Ele, que esteve na audiência em Canoas, diz que lhe agradou a possibilidade de discutir o tema, mas que se preocupa com a falta de mobilização na sociedade a respeito da PPP: “vejo que as pessoas, em geral, não estão ligando muito para o fato, principalmente os mais jovens que pensam que a área pública é ineficaz e deve ser privatizada. A maioria das pessoas com quem eu falo, dizem que acreditam que seria melhor privatizar. Ou seja, seguem a cartilha divulgada nos meios de comunicação, pelos governos direitistas”, avalia. “Percebi que poderia haver muito mais pessoas participando. O que vimos foi a mesma situação de sempre: só participam os que estão engajados na luta e, por isso, não necessitam mais ser convencidos do problema”, completa Delvan.</p>
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