2018-08-17 14:44:00
<p><img title="João de Barro - Agosto de 2018" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/ac8b3fb565a81a87afaa631ac90e2c58.jpg" alt="João de Barro - Agosto de 2018" width="589" height="800" /></p>
<p>Já começou a distribuição aos associados e às associadas da edição de agosto do Jornal João de Barro, publicação mensal da APCEF/RS. Nestes meses, o assunto principal é a inauguração do Observatório Astronômico Didático Caixa de Joias, no Espaço Bem Viver São Francisco de Paula. Além disso, o jornal trata da Campanha Salarial e da necessidade de gestão paritária na Funcef, além das oficinas -- como o teatro, a escrita criativa e o Coral -- oferecidas pela APCEF neste ano.</p>
<p>Confira, abaixo, o editorial desta edição e <a href="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/file/f5bf53d3850ca9aef83889b48ab40afc." target="_blank">acesse aqui a versão online</a>.</p>
<p><em>Poderíamos dedicar este espaço para destacar todas as atividades que a APCEF vem realizando em prol de seus(as) associados(as). Seria um editorial bastante positivo, considerando a quantidade de boas notícias que a Associação orgulhosamente publica neste JB. No entanto, a conjuntura política nos obriga a encarar temas muito menos agradáveis do que gostaríamos. Não podemos calar.</em></p>
<p><em>No último dia 9, com um sofrível primeiro debate entre presidenciáveis, as eleições se tornaram mais concretas para boa parte dos(as) brasileiros(as). Em meio a rasas discussões sobre a descriminalização do aborto, a segurança pública e o desemprego – assuntos importantes, obviamente, mas levantados na ocasião sem reais intenções de avançar na reflexão -, um tema fundamental foi esquecido: as privatizações.</em></p>
<p><em>As privatizações e seus efeitos tremendos sobre uma nação não podem ser temas secundários. Na década de 90, o Brasil experimentou o gosto amargo das privatizações, comprometendo seriamente a sua soberania. Nos últimos meses, o governo ilegítimo de Michel Temer tem colocado em prática uma pauta privatista sem precedentes, com a venda de dezenas de empresas nacionais.</em></p>
<p><em>Temos acompanhado, através das medidas desse “desgoverno”, ataques ferozes no sentido de sucatear as empresas públicas e vendê-las a preço de banana. E a Caixa, sendo uma das empresas mais importantes para a economia deste País, está, é claro, na mira desses sanguessugas! No último dia 10, a direção do banco anunciou que os(as) próximos(as) ocupantes das vice-presidências da empresa serão escolhidos(as) em processo seletivo externo, coordenado por consultoria privada.</em></p>
<p><em>Esse processo tem como foco trazer “quadros” do “mercado” para a direção, como se apenas fora da Caixa houvesse eficiência. A medida é um “abraço” para entregar, de vez, o banco ao setor privado. Ou seja, priorizar o lucro em detrimento de qualquer função social que o banco possa desempenhar.</em></p>
<p><em>Junto a tudo isso, as negociações específicas da Caixa nesta Campanha Salarial têm deixado ainda mais claras as intenções do Governo: desmontar, um a um, direitos historicamente conquistados pelos(as) bancários(as). Após cinco rodadas de negociações, o banco ignorou mais de 30 itens do Acordo Coletivo de Trabalho, baseado na Reforma Trabalhista aprovada no ano passado para contentar os “patrões”.</em></p>
<p><em>Dessa forma, nós, enquanto empregados(as) e defensores(as) da Caixa, não podemos ignorar o tema das privatizações nestas eleições e, muito menos, ignorar a luta nesta Campanha Salarial. Se a memória dos anos 90 nos faltar, temos o governo atual para nos lembrar o quanto uma agenda entreguista pode ser devastadora.</em></p>
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APCEF/RS
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