2018-08-30 19:35:00
<p><img title="Fenae/Reprodução" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/a37ea98c26714a7202ab0b8bafbf9fd1.jpg" alt="Fenae/Reprodução" width="600" height="400" /></p>
<p>Bancárias e bancários de todo o país realizaram, na quarta-feira (29), assembleias que deliberaram majoritariamente pelo acordo a respeito da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que valerá pelos próximos dois anos – a decisão, todavia, não foi unânime. O Sindicato dos Bancários de Brasília, por exemplo, um dos maiores do país, rejeitou as propostas. A nova CCT será assinada na sexta-feira (31), e no dia 20 de setembro será paga a primeira parcela da PLR e do adicional. </p>
<p>Trabalhadores/as obtiveram aumento salarial de 5%, composto por reajuste de cerca de 1,18% mais reposição da inflação (medida pelo INPC) projetada em 3,78% para setembro, com incidência também sobre vales: refeição (vai para R$ 35,18/dia) e alimentação (R$ 609,87/mês), auxílio-creche (R$ 468,42), regra básica da PLR (valor fixo de R$ 2.355,76 mais 90% do salário) e também na parcela adicional de PLR de R$ 4.711.52. O acordo prevê também manutenção, por dois anos, de todos os direitos econômicos e sociais previstos na atual convenção. </p>
<p>O Comando Nacional dos Bancários orientou a aprovação, mas não por unanimidade: “Nós defendemos a não aprovação das propostas no Comando Nacional, por entender que apesar de garantir boa parte dos direitos conquistados, um ponto fundamental para a categoria como a manutenção do padrão de contratação não foi garantido. Não conseguimos também passar no Comando a deflagração da greve no início de agosto, o que fortaleceria nosso movimento”, afirmou o diretor do Sindibancários/ES, Carlos Pereira de Araújo (Carlão), que representou bancários/as capixabas no Comando Nacional.</p>
<p>Em uma discussão tensionada pelo temor do fim da ultratividade, foram oito negociações específicas com a Caixa sobre Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Para a APCEF/RS, que avaliou a proposta patronal com preocupação, sobretudo em relação ao Saúde Caixa, com teto de contribuição patronal a ser atingido em 2021 e não-inclusão de novos/as empregados/as, o desafio é agora defender as estatais, o plano de saúde e lutar contra as resoluções da CGPAR. O fim da PLR social e o limitador da PLR que o Conselho de Administração queria implantar à PLR – que rebaixaria o valor pago para menos da metade – foram barrados do ACT.</p>
<p><strong>Conheça pontos específicos da CCT:</strong></p>
<p>- Direito a parcelar em até três vezes o adiantamento de férias que atualmente é descontado integralmente no mês posterior ao descanso;</p>
<p>- Garantia da realização do terceiro Censo da Diversidade, levantamentos já realizados nos anos de 2009 e 2014, fundamentais para traçar o perfil da categoria e ajudar na promoção da igualdade de oportunidades;</p>
<p>- Bancário/a demitido/a não precisará mais requerer o pagamento da PLR proporcional se tiver conta-corrente ativa no banco; demais terão prazo para solicitar o pagamento;</p>
<p>- PLR integral para bancárias em licença-maternidade, ou adotantes, e para os afastados por doença ou acidente;</p>
<p>- Cláusula de gratificação de função, que prevê 55% de comissionamento</p>
<p>- Proibição da divulgação de ranking individual, prevista na cláusula 37ª da CCT, como forma de reduzir a pressão por metas;</p>
<p>- Salário substituto (cláusula 5ª) e a cláusula do vale-transporte, com 4% de desconto sobre o salário base;</p>
<p>- Bancários/as terão até 30 dias para apresentar o recibo para reembolso do auxílio-creche; os bancos queriam que esse prazo fosse menor, de 10 dias;</p>
<p>- Volta a cláusula que previa adicional de insalubridade e periculosidade (cláusula 10ª);</p>
<p>- Vale-cultura (cláusula 69ª) conforme queriam trabalhadores/as, para que o direito esteja garantido caso o governo retome o programa.</p>
<p>*Com informações da Fenae e Sindibancários Espírito Santo.</p>
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