2019-05-16 18:24:00
<p><img title="Imagem: Wikimedia Commons" src="http://apcefrs.org.br/web/upload/misc/image/91966caf5a5b64510077e8f96c8e019c.jpg" alt="Imagem: Wikimedia Commons" width="448" height="600" /></p>
<p>Já se vão mais de sete meses desde que iniciou a Oficina de Criação Literária que trabalha em um romance histórico para contar a vida e a obra do ambientalista José Lutzenberger, um gaúcho que se destacou na defesa do meio ambiente no país e no mundo. A atividade oferecida pela APCEF/RS – que, por conta da extensão da obra final, terminará somente em novembro deste ano – começou em outubro de 2018 e é orientada novamente pelo renomado escritor Alcy Cheuiche, autor com vasta experiência na literatura inspirada em fatos históricos.</p>
<p>Além da dedicação à escrita, quinze oficinandas e oficinandos têm se ocupado também com a pesquisa. Entrevistas, palestras e visitas a locais simbólicos, como a Fundação Gaia, em Rio Pardo, vão dando base para que a história de Lutzenberger seja rigorosamente reconstruída. No começo de maio, por exemplo, a oficina recebeu a visita do presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, que compartilhou sua rica experiência de participação na entidade fundada em 1971. Em março, o agroecologista de renome internacional Sebastião Pinheiro contribuiu com seu vasto conhecimento de como deveria ser preservado o planeta para garantir a vida humana. Ambos conviveram com Lutzenberger na Agapan.<br /><br />"Em seus relatos, destaca-se o pioneirismo do Rio Grande do Sul na luta ambiental, impulsionado pelas profundas discussões que se davam nas reuniões semanais da Agapan, e que a seguir se convertiam em ações articuladas. Foi nessas oportunidades que Milanez passou a conviver com Lutzenberger", contou-nos Naiara Machado da Silva, uma das participantes da oficina.<br /><br />Ela, que é também integrante da Diretoria de Cultura da APCEF/RS, diz que a história de Lutzenberger – falecido no ano de 2002, em Porto Alegre – lhes foi contada por alguém que por ele tem carinho e admiração. Milanez destacou sua forma "inteligente, criativa e sensível de atuar", em meio às "muitas histórias, de vidas dedicadas à luta pela preservação ambiental".<br /><br />As aulas semanais da oficina, relata Naiara, acontecem em um "ambiente acolhedor, de ricas trocas humanas, de cultura e de conhecimento", numa sala cedida pela AGEA, no centro de Porto Alegre. "De forma dinâmica, o professor Alcy Cheuiche estimula a participação de diversas formas, como a leitura de nossas criações, revisão dos contos e capítulos, sugestões na elaboração da obra conjunta que vimos produzindo", afirma.<br /><br />O processo criativo, de acordo com Naiara, está ligado às vivências de cada pessoa que faz parte da oficina: "É encantador como um mesmo tema rende perspectivas tão diversas de escrita". Recriar os ambientes, alguns do início do século XX, tem requerido investigações, especialmente em publicações como jornais e revistas da época, que, "além dos fatos, trazem expressões e costumes característicos", conta. E também, como ensina Cheuiche, colocando "sangue nas veias" dos personagens.<br /><br />O objetivo da Oficina é publicar um livro bilíngue, em português e alemão, valorizando os dois principais idiomas nos quais Lutzenberger se expressava, e fazer referência aos 195 anos da imigração alemã no Brasil. O livro, assim como outros lançados pelas oficinas oferecidas pela APCEF, terá sessão de autógrafos internacional: após lançamento na Feira do Livro de Porto Alegre, pretende-se lançá-lo também em Berlim, capital da Alemanha, na segunda quinzena de novembro.</p>
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