Depois de um ano no qual as ameaças de privatização foram preocupação recorrente, nesta sexta-feira (12) completa-se o 157º aniversário de fundação da Caixa Econômica Federal. O maior banco público da América Latina foi criado em 1861, ainda sob a regência de Dom Pedro II e, desde então, serve ao desenvolvimento social e econômico do país. Hoje, a CAIXA é a instituição financeira brasileira que mais investe em projetos de construção de moradias populares, apoio às pequenas empresas, oferta de crédito a taxas mais baratas, investimento em saneamento básico, ou na educação, por exemplo.
“Quem tem fundamental importância na instituição somos nós, trabalhadores e trabalhadoras”, diz o presidente da APCEF/RS, Marcello Carrión – "e, por isso, devemos ser protagonistas nesta data”. Ele cita as ameaças de transformação da CAIXA em uma Sociedade Anônima (S/A) – isto é, abrir o capital do banco a investidores privados – como um dos fatos mais relevantes do ano que passou, tanto para empregados(as) como para o povo brasileiro, que é o legítimo dono do banco e não os governos e gestores de plantão.
A Associação, desde que a possibilidade de abertura do capital foi divulgada, vem desenvolvendo uma campanha pela manutenção do caráter público da instituição: sob o mote de “Caixa do Povo e 100% Pública”, a APCEF/RS já visitou diversas cidades do Rio Grande do Sul – Erechim, Uruguaiana, Santo Ângelo, Porto Alegre e Tramandaí – para debater sobre a importância do banco e dos serviços que são dever do Estado, junto com outras entidades que têm esse propósito em comum.
Em dezembro, o Conselho de Administração da CAIXA voltou atrás e retirou a transformação em S/A da pauta de alterações do estatuto. Apesar da vitória, a orientação é que empregados(as) e a sociedade sigam vigilantes e mobilizados em defesa do banco. A APCEF/RS, inclusive, já organiza as próximas etapas da campanha para o começo do ano. “Ainda é preciso, daqui para frente, lutar muito”, resume Carrión.